Venezuela a 10 dias das “eleições”. Fim do chavismo?
Apesar das perseguições, ilegalidade e das reiteradas tentativas de sabotagem por parte do regime de Nicolás Maduro, o candidato Edmundo González Urrutia, apoiado por Maria Corina Machado, tem uma intenção de voto de 59,1% contra 24,16% de Maduro, segundo o Instituto Delphos
Segundo as últimas pesquisas, a oposição ao regime de Nicolás Maduro deveria vencer com folga as eleições que ocorrerão na Venezuela daqui a dez dias, em 28 de julho.
Apesar das perseguições, ilegalidade e das reiteradas tentativas de sabotagem por parte do regime de Nicolás maduro, o candidato Edmundo González Urrutia, apoiado por Maria Corina Machado, tem uma intenção de voto de 59,1% contra 24,16% de Nicolás Maduro, segundo o Instituto Delphos.
Há um mês, o núcleo duro do chavismo recebeu os dados das pesquisas que demonstravam que, em apenas algumas semanas, o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia – graças ao apoio explícito de Corina Machado, que lhe transferiu todo seu capital político – deixou de um grande desconhecido para superar Nicolás Maduro, em intenções de voto.
No entanto, Maduro e o seu entorno não mostram intenção de deixar o poder. Nas reuniões chavistas a vitória de Edmundo é dada como impossível, algo que não pode acontecer em hipótese alguma. A existência do atual cenário de liderança do opositor mostrado pelas pesquisas é negada, apesar de os chavistas terem consciência da situação. Os líderes chavistas sequer pronunciam o nome do candidato rival. Simplesmente não está na equação.
No Palácio Miraflores, sede do Governo, qualquer assunto que venha de fora é considerado um perigo, uma ameaça. As pesquisas das empresas privadas, pensam eles, são manipuladas. O mundo, em geral, conspira contra o chavismo. Esta é a tese geral. Mas, segundo um líder do PSUV – o partido no poder – está sendo realizada internamente uma sondagem que coloca Edmundo à frente por 14 pontos.
Máxima tensão
O país enfrentará a votação num clima de tensão máxima. Na manhã de quarta-feira, 17 de julho, o chefe de segurança de María Corina Machado foi preso em sua casa. Com esta última detenção, já passa de uma centena o número de pessoas ligadas à campanha de Corina Machado que foram detidas arbitrariamente pelo regime.
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