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Vencedor do Nobel da Paz é condenado à prisão em Bangladesh

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2 minutos de leitura 01.01.2024 11:46 comentários
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Vencedor do Nobel da Paz é condenado à prisão em Bangladesh

Muhammad Yunus (foto), banqueiro que venceu o prêmio Nobel da Paz, foi condenado a seis meses de prisão em Bangladesh por violar a legislação trabalhista. Yunus tem 83 anos e foi premiado em 2006 devido ao seu banco de microcréditos...

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Vencedor do Nobel da Paz é condenado à prisão em Bangladesh
Foto: Gabriel Lemes/Mdic

Muhammad Yunus (foto), banqueiro que venceu o prêmio Nobel da Paz, foi condenado a seis meses de prisão em Bangladesh por violar a legislação trabalhista.

Yunus tem 83 anos e foi premiado em 2006 devido ao seu banco de microcréditos, o Grameen Bank, que atende pessoas de baixa renda. O Comitê Nobel afirmou que os “microcréditos se tornaram uma importante força de libertação em sociedades nas quais as mulheres precisam lutar contra um entorno social e econômico repressivo”. Após ser premiado, Yunus ficou conhecido como “banqueiro dos pobres”.

Porém, ele é acusado pela primeira-ministra Sheikh Hasina de “sugar o sangue dos pobres”. Além de Yunus, três funcionários da Grameen Telecom foram condenados. A Justiça alegou que houve violação da legislação trabalhista, pois não houve a criação de um fundo de assistência aos empregados. Outras acusações incluem eventuais problemas com a comprovação da contratação regular de 100 trabalhadores e o não compartilhamento de benefícios previstos na lei com funcionários do banco.

Os quatro têm um mês para recorrer da decisão e estão em liberdade sob fiança enquanto aguardam a apelação. A defesa do banqueiro afirmou à imprensa que o caso tem motivação política. Ele citou que primeira-ministra está em campanha eleitoral. O pleito está agendado para o próximo domingo, 7. Apoiadores de Yunis afirmam que o banqueiro está sendo perseguido por autoridades porque já considerou criar um partido político para rivalizar com a Liga Awami, sigla de Hasina.

O advogado de Yunus, Abdullah Al Mamun, acrescentou que vai recorrer da decisão. “O Estado não conseguiu provar nada. Apresentamos 109 contradições. Se houver uma contradição, até mesmo um acusado de homicídio é libertado”, prosseguiu Mamun.

Após a audiência, Yunus afirmou a jornalistas que “foi punido por um crime que não cometeu”. “Se eles quiserem chamar isso de justiça, eles podem”, concluiu o banqueiro.

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