Vândalos antissemitas destroem obra de arte na Inglaterra
Retrato de Lord Balfour, ex-primeiro-ministro britânico e figura central na criação do "lar nacional judeu", foi alvo de ato de vandalismo na Universidade de Cambridge
Um retrato de Lord Balfour, ex-primeiro-ministro britânico e figura central na criação do “lar nacional judeu”, foi recentemente alvo de ato de vandalismo antissemita na Universidade de Cambridge.
Em um ato criminoso capturado em vídeo e divulgado nas redes sociais pelo grupo Palestine Action, um retrato do político situado no Trinity College foi vandalizado com uso de tinta vermelha e depois picotado.
A ação quis atacar a memória da histórica Declaração de Balfour de 1917, que abriu caminho para o povo judeu voltar ao seu território. O documento, assinado por Balfour, então secretário do exterior, apoiou oficialmente a ideia de estabelecer um “lar nacional para o povo judeu” na região desértica e praticamente inabitada da chamada “Palestina”, então sob domínio britânico.
A legenda do vídeo no Instagram, postado por Palestine Action, ecoa os ataques verbais do terrorismo e do Hamas, acusando a declaração de iniciar a “limpeza étnica da Palestina” ao prometer a terra, que a Grã-Bretanha “não tinha direito de oferecer” (Israel foi criada numa sessão da ONU em 1947 ratificada por mais de cem países).
Entenda o que foi a Declaração Balfour
A Declaração Balfour, carta escrita pelo então ministro britânico das Relações Exteriores, Arthur Balfour, em 1917, prometia o apoio do Reino Unido ao estabelecimento de um “lar nacional para o povo judeu” na região conhecida como “Palestina”, enquanto afirmava que nada deveria “prejudicar os direitos civis e religiosos de comunidades não-judias” já presentes na região.
Este documento é celebrado como a base legal para a criação de Israel. A Declaração foi posteriormente incorporada ao Mandato Britânico pela Liga das Nações em 1922, o que formalmente colocou a “Palestina” sob administração britânica até a criação de Israel em 1948, após a aprovação pela Assembleia Geral da ONU.
As comemorações do centenário da Declaração Balfour em 2017 reacenderam as discussões sobre seu legado, com Israel celebrando a data como um momento chave para sua fundação, enquanto os radicais palestinos exigiram um pedido de desculpas do Reino Unido pelo que consideram uma promessa não cumprida de apoio à independência árabe.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, participou dos eventos em Londres em 2017, o que gerou protestos do lobby palestino.
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