UE planeja enviar navios para fortalecer segurança no Mar Vermelho e pode colocar Portugal na guerra
Mais um país pode estar a instantes de entrar no conflito contra os Houthis no Iêmen. A União Europeia determinou que...
A União Europeia (UE) pretende intensificar o seu envolvimento nas tensões do Oriente Médio. A UE está considerando enviar pelo menos três navios de guerra ao Mar Vermelho para proteger as embarcações que têm sido alvo de ataques dos rebeldes Houthi. A operação está programada para começar no final de fevereiro, de acordo com um documento obtido do Serviço Europeu para a Ação Externa.
Operação Agenor: reforçando a segurança marítima no Oriente Médio
A eventual missão da União Europeia será executada no âmbito da Agenor, uma operação conjunta liderada pela França e composta por mais oito países, incluindo Portugal, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Itália, Países Baixos e Noruega. Todos os membros da operação Agenor provavelmente terão de fornecer recursos navais e aéreos para garantir a missão. Até hoje, 37 navios estiveram envolvidos na missão com mais de 4.500 marinheiros e 1.100 dias no mar.
Reação à crescente ameaça Houthi
O objetivo principal é reforçar a proteção dos navios que navegam no Mar Vermelho – uma das vias mais movimentadas do mundo – contra os ataques rebeldes. Os Houthis têm atacado navios como uma demonstração de apoio aos palestinos desde a retaliação israelita aos ataques do Hamas em 7 de outubro. Apoiados pelo Irão, os rebeldes Houthi forçaram os navios a desviarem-se do Corno de África, resultando em longos desvios.
Plano de ação europeu: reforçar a presença militar no Oriente Médio
De acordo com o documento citado pelo POLITICO, a UE pretende enviar “pelo menos três fragatas antiaéreas com capacidade multimissão durante pelo menos um ano”. Este plano surge na sequência de medidas semelhantes tomadas pelos Estados Unidos e pelos seus aliados, que lançaram a Operação Prosperity Guardian em dezembro, constituída por uma coligação ad hoc de 20 parceiros.
A UE mostra-se determinada em tomar medidas para proteger as suas rotas de navegação e evitar a escalada de violência na região. Inicialmente, a UE explorou a possibilidade de utilizar a sua missão anti-pirataria, Atalanta, que atua no Oceano Índico. No entanto, a Espanha se opôs ao plano, sugerindo a criação de uma nova missão.
A situação atual sublinha a crescente importância da segurança marítima, à medida que as tensões continuam a aumentar no Oriente Médio. Entretanto, permanece incerto quais serão as repercussões de longo prazo desta crescente presença militar na região.
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