UE lança missão “Aspides” contra Houthis no mar vermelho
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE lançaram nessa segunda-feira "Aspides" (escudo, em grego), uma missão de um ano no Mar Vermelho para combater os ataques Houthi.
No sábado, 17 de fevereiro, os rebeldes Houthi iemenitas, apoiados pelo Irã, afirmaram ter conseguido atingir o petroleiro chamado Pollux no dia anterior “com um grande número de mísseis navais.” Segundo o Comando Central dos Estados Unidos, este cargueiro de bandeira panamenha e pertencente à Dinamarca foi alvo de três mísseis balísticos antinavio, lançados a partir de zonas do Iémen controladas pelos Houthis, sem que tenham sido causados feridos ou danos.
Desde Novembro, este movimento rebelde tem levado a cabo uma série de ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, em “solidariedade” com os palestinos na Faixa de Gaza, onde Israel está em guerra contra o Hamas após os ataques de 7 de outubro.
Estes ataques marítimos obrigaram muitos armadores a contornar esta rota estratégica para ligar a Ásia à Europa, por onde passa 12% do comércio mundial. Cada vez mais barcos decidem seguir uma rota alternativa através do Cabo da Boa Esperança, no sul de África, uma viagem muito mais longa e cara.
Os EUA criaram uma coligação multinacional em dezembro, com o Reino Unido e outros países, a fim de atacar as posições dos Houthis, particularmente na capital Sanaa, mas não conseguiu parar os ataques no Mar Vermelho.
Na quinta-feira, 15 de fevereiro, o embaixador do Iêmen na França, Reyad Yassin Abdullah, apelou à comunidade internacional para “intervir para impedir as ações dos Houthis”.
Primeiro aliado de Israel, Washington criou uma coligação multinacional em Dezembro, com entre outros o Reino Unido, a fim de atacar as posições dos Houthis, particularmente na capital Sanaa, mas sem conseguir parar os ataques no Mar Vermelho. Na quinta-feira, 15 de fevereiro, o embaixador do Iêmen na França, Reyad Yassin Abdullah, apelou à comunidade internacional para “intervir para impedir as ações dos Houthis”.
A missão “Aspides”
Para garantir o frete marítimo, a União Europeia lançará também uma missão no Mar Vermelho durante pelo menos um ano. Vários países manifestaram a intenção de participar nesta missão chamada “Aspides” (“escudo” em grego antigo): entre eles Bélgica, Itália, Alemanha e França
Esta missão será lançada pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, reunidos esta segunda-feira em Bruxelas, mas isso não significa que estará imediatamente operacional. Caberá ao seu comando determinar quando terá recursos suficientes, o que deverá demorar algumas semanas.
A fragata alemã “Hessen” partiu no dia 8 de fevereiro para o Mar Vermelho com uma tripulação de cerca de 240 pessoas. Estará em estado de alerta permanente e poderá responder a possíveis ataques com mísseis, drones e “barcos kamikaze” controlados remotamente.
A Bélgica anunciou a intenção de enviar a sua fragata “Marie-Louise”. A França afirmou que está pronta para disponibilizar uma das suas fragatas já presentes no Mar Vermelho à missão Aspides. A Grécia assumirá o comando geral e a Itália assumirá o comando operacional no mar, segundo uma fonte europeia.
A missão será capaz de disparar para defender navios mercantes ou para se defender, mas não será capaz de atingir objetivos em terra contra posições rebeldes Houthi no Iémen, segundo diplomatas. É “importante não contribuir para a escalada na região”, insistiu um deles.
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