A Rússia anunciou nesta quarta-feira, 15, a realização de um novo intercâmbio de prisioneiros com a Ucrânia.

Nesse acordo, 25 soldados ucranianos detidos foram trocados por 25 militares russos, com a mediação dos Emirados Árabes Unidos.

O ministério russo da Defesa divulgou um comunicado informando que após negociações, os 25 soldados russos foram repatriados do território sob controle do governo ucraniano.

O presidente Zelensky confirmou o intercâmbio através do X. No entanto, ao contrário das alegações russas de que todos os ucranianos trocados eram prisioneiros de guerra, Zelensky afirmou que entre os 25 repatriados havia civis.

Dentre os militares ucranianos liberados estão aqueles capturados durante a defesa da cidade de Mariupol (que foi tomada pela Rússia em maio de 2022), assim como soldados das regiões de Kharkiv, Donetsk, Zaporijjia e Kherson.

Zelensky acrescentou que muitos desses soldados apresentam ferimentos graves e doenças sérias e receberão todo o cuidado médico necessário. Ele também expressou sua gratidão aos Emirados Árabes Unidos pela mediação realizada

Ataque massivo contra instalações energéticas ucranianas

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, relatou que a Rússia disparou “mais de 40 mísseis” e “mais de 70 drones” em uma nova ofensiva contra as instalações energéticas da Ucrânia.

Ele destacou que, mesmo durante o rigoroso inverno, as forças russas continuam a focalizar o setor energético do país: “Os alvos incluem infraestruturas de gaz e instalações essenciais que garantem o cotidiano da população”, declarou Zelensky por meio das redes sociais.

A força militar russa confirmou que atacou na quarta-feira, 15 de janeiro, diversas “infraestruturas críticas” do sistema energético ucraniano, logo após o lançamento da maior ofensiva aérea ucraniana contra o território russo desde o início da invasão russa, em 2022:

“Nesta manhã, as forças armadas realizaram um ataque coordenado utilizando armamentos de alta precisão e drones contra as infraestruturas críticas de gás e energia que sustentam o complexo militar-industrial da Ucrânia“, afirmou um comunicado do exército russo.

O governador da região de Lviv, Maksym Kozytsky, informou que dois locais essenciais foram atingidos nos distritos de Drogobytch e Stryï. Um dos mísseis caiu próximo a uma residência no vilarejo de Sknyliv, criando uma cratera de seis metros.

O ministro da Energia da Ucrânia, Guerman Galouchtchenko, expressou sua indignação no Facebook ao afirmar que “o inimigo não para de aterrorizar os ucranianos”, referindo-se à magnitude dos ataques.

Em resposta à situação crítica, a operadora elétrica nacional Ukrenergo anunciou cortes emergenciais de eletricidade em sete regiões localizadas no leste, centro e sul do país.

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