O governo ucraniano rejeitou firmemente uma reportagem do jornal italiano Corriere della Sera de que estava pronto para um cessar-fogo com a Rússia ao longo da atual linha da frente. “Isto não é verdade”, disse Dmytro Lytwyn, conselheiro e redator de discursos do presidente Volodymyr Zelensky.

A Ucrânia continua a aderir à fórmula de paz publicada no outono de 2022, que se baseia na retirada total das tropas russas do território ucraniano, enfatizou. “O plano de vitória que está sendo apresentado nestes dias à Grã-Bretanha, França, Itália e Alemanha é um instrumento que impulsionará a situação no sentido da implementação da fórmula de paz.”

O diário italiano “Corriere della Sera” tinha escrito anteriormente, sem citar fontes, que Zelensky estava pronto para um cessar-fogo na linha da frente sem reconhecê-la como fronteira oficial. Em troca, o Ocidente deveria comprometer-se com garantias de segurança e com a rápida adesão da Ucrânia à UE.

“Certamente não existe o conceito de troca de ‘terra por garantias de segurança’ ou outros formatos de troca”, escreveu também Mykhailo Polojak, assessor do chefe do gabinete presidencial, Andriy Yermak, na rede online.

Kremlin nega existência soldados norte coreanos na Ucrânia

Após relatos da alegada presença de soldados norte-coreanos na Ucrânia, o Kremlin negou ter utilizado soldados do país na sua ofensiva na Ucrânia. “Esta parece ser outra notícia falsa”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na quinta-feira, 10 de outubro.

O jornal ucraniano Kyiv Post informou na semana passada, citando fontes de inteligência, que seis soldados norte-coreanos foram mortos em um ataque com mísseis ucranianos em território ocupado pela Rússia perto de Donetsk.

Ataques russo a carregamento de cerais

A UE apelou à Rússia para que ponha imediatamente termo aos ataques aos carregamentos de cereais através do Mar Negro. “Estes ataques representam uma violação clara do direito internacional”, disse um porta-voz do chefe da política externa da UE, Josep Borrell, em Bruxelas.

De acordo com a Comissão Europeia, a Rússia recentemente atacou cargueiros que transportavam cereais ucranianos para outros países. Mais recentemente, dois navios do Panamá e de Palau foram atingidos por foguetes no porto de Odessa. Navios de grãos de São Cristóvão e Nevis e da Turquia já foram alvo de ataques.

A Rússia teve como alvo o abastecimento alimentar de milhões de pessoas que necessitam de ajuda em África e na Ásia.