Ucrânia pede que os EUA amenizem o tom contra a Rússia
Pela primeira vez em meio à crise causada pela ameaça de invasão da Rússia, o governo da Ucrânia manifestou incômodo com o tom bélico dos EUA: nesta sexta (28), o presidente do país, Volodymyr Zelensky (foto), pediu a Washington que modere o seu discurso...
Pela primeira vez em meio à crise causada pela ameaça de invasão da Rússia, o governo da Ucrânia manifestou incômodo com o tom bélico dos EUA: nesta sexta (28), o presidente do país, Volodymyr Zelensky (foto), pediu a Washington que modere o seu discurso.
Em entrevista a jornalistas em Kiev, um dia depois de conversar com Joe Biden pelo telefone, Zelensky disse que a mobilização da Rússia, embora perigosa, não significa que a guerra seja inevitável. Segundo ele, a situação na fronteira —onde estão 130 mil soldados russos— não é muito diferente da do ano passado.
O presidente ucraniano frisou que não discorda da Casa Branca sobre a gravidade da ameaça, mas diverge do tom agressivo usado na crise.
“Não há nenhum mal-entendido. Eu entendo o que está acontecendo em meu país, assim como ele [Biden] sabe o que está acontecendo no dele. O rufar dos tambores da guerra contribui para a instabilidade e para problemas econômicos que aumentam o risco representado pela Rússia”, declarou Zelensky.
O chefe do Conselho de Segurança da Ucrânia, Oleksii Danilov, foi ainda mais direto. “Quando [os EUA] começam a dizer que amanhã haverá guerra, precisam entender que a primeira coisa que não precisamos é de pânico. Por quê? Porque o pânico é irmão do fracasso”.
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