Tudo o que você queria saber sobre as Olimpíadas Paris 2024
Chegou a hora das Olimpíadas, o maior espetáculo do planeta! Da cerimônia de abertura na sexta-feira, 26 de julho, até 11 de agosto, cerca de 10.000 atletas e cerca de 10 milhões de espectadores convergirão para Paris para os 33º Jogos Olímpicos
Chegou a hora das Olimpíadas, o maior espetáculo do planeta! Da cerimônia de abertura na sexta-feira, 26 de julho de 2024, até domingo, 11 de agosto de 2024, cerca de 10.000 atletas e cerca de 10 milhões de espectadores convergirão para Paris para os 33º Jogos Olímpicos de Verão, a primeira vez que a Cidade da Luz sediará o evento desde 1924.
Como foi pensada a infraestrutura para os jogos?
A capital francesa garantiu os Jogos Olímpicos de 2024 há oito anos, após décadas de candidaturas falhadas, incluindo uma derrota para Londres, em 2012.
Tendo visto vários Jogos irem e virem, a equipe de Paris teve muitas oportunidades de testemunhar os seus legados.
Depois de ver outros ostentando novos estádios e arenas sofisticados, Paris decidiu fazer as coisas de maneira um pouco diferente. Não há um estádio principal construído do zero, nem estruturas inovadoras – em vez disso, os eventos acontecerão por toda a cidade.
As principais provas de atletismo serão realizadas no Stade de France, o maior estádio do país que acolhe as suas seleções, na periferia norte de Paris. Mas haverá 15 instalações olímpicas e 11 paraolímpicas em edifícios existentes em toda a cidade.
Estas incluem natação na Arena La Defense, ginástica na Arena Berov, ciclismo na Pont d’Iena e o Parc Urbain na Place de La Concorde também sediará basquete, skate, BMX freestyle e o mais novo esporte dos Jogos, o break.
Paris, no entanto, fez algumas construções. Cerca de 80% do seu orçamento relativamente modesto de 7 bilhões de euros foram gastos nos seus dois principais projetos de construção – a vila Olímpica e o centro aquático – em Seine-Saint-Denis.
A cerimônia de abertura
Os franceses – na sequência do seu próprio terremoto político e tendo como pano de fundo uma crescente tensão geopolítica global – decidiram realizar um espetáculo loucamente ambicioso que, pela primeira vez na história olímpica, terá lugar fora de um estádio.
Os 10.500 atletas cruzarão o centro de Paris em um desfile de barcos de 5,6 quilômetros ao longo do Sena, culminando em frente ao Trocadéro, no lado oposto do Sena à Torre Eiffel.
Originalmente, o plano era oferecer ingressos gratuitos para 600 mil pessoas do público, mas agora serão apenas 300 mil convidados.
A segurança
Sem um complexo olímpico principal, que possa ser hermeticamente fechado, as medidas de segurança deverão ser complicadas. Os receios são elevados numa cidade que sofreu ataques terroristas em grande escala
Eventos mais recentes deixaram os nervos à flor da pele. Em outubro do ano passado, um checheno radicalizado de 20 anos, que jurou lealdade ao EI, matou um professor na cidade de Arras, no norte de França.
Em maio de 2024, um homem foi detido sob suspeita de planejar um ataque à passagem da tocha em Bordéus, enquanto no mesmo mês um jovem checheno de 18 anos foi detido sob suspeição do planejamento de um ataque de “inspiração islâmica” num estádio de futebol olímpico em Saint-Étienne.
Mas foi criada uma presença de segurança robusta em Paris e em toda a França, com 20 mil soldados destacados, juntamente com cerca de 35 mil polícias e gendarmes mobilizados todos os dias durante os jogos.
A França também terá o apoio de cerca de 2.000 soldados e policiais de outros países, incluindo cães farejadores.
Jogos olímpicos em tempos de guerra
O evento está sendo realizado tendo como pano de fundo o cenário geopolítico mais tenso dos tempos modernos.
A guerra na Ucrânia, em curso desde a invasão russa de Vladimir Putin em Fevereiro de 2022, significa que os atletas russos e bielorrussos só poderão competir como atletas neutros.
A Ucrânia foi instada pelos seus chefes olímpicos a não ter qualquer contato com os seus homólogos russos e bielorrussos.
O conflito em Gaza também é um ponto complicado. A França abriga as maiores populações muçulmanas e judaicas da Europa.
Em Fevereiro, o Comité Olímpico Internacional (COI) negou o pedido de um grupo de 26 legisladores franceses do partido extremista de esquerda La France Insoumise – bem como de clubes desportivos palestinos – para excluir Israel e forçar os atletas a competir sob uma bandeira neutra.
Os parlamentares do partido de Jean Luc-Melenchon, conhecido por sua militância radical anti-israel disseram com todas as letras que os atletas israelenses não seriam bem vindos à França, no que foram respaldados pelo coordenador do partido França Insubmissa, Manuel Bompard.
Os organizadores estarão bem cientes de que nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972, 11 atletas israelenses foram mortos pela organização militante palestina Setembro Negro, no dia 5 de Setembro.
Israel disse que implementará medidas de segurança sem precedentes em torno de suas equipes.
Tensão política doméstica
Mas pelo menos podemos confiar que a França será calma e bem-humorada?
A França está no meio de um dos períodos políticos mais tumultuados da história moderna. No início de Junho, o seu presidente centrista, Emmanuel Macron, convocou eleições surpresa, depois de sofrer uma derrota para do Rassemblement Nacional (RN), de Marine Le Pen, nas eleições europeias.
A direita populista obteve então uma vitória no primeiro turno, apenas para ser derrotada no segundo turno, por uma aliança de esquerda remendada às pressas. O futuro político da França está totalmente incerto.
Clima
Em Junho, um relatório alertou que os Jogos Olímpicos de Paris poderiam ser os mais quentes já registrados e os principais atletas alertaram que o calor intenso poderia ser perigoso.
Se houver chuva forte, os eventos de natação que deverão ter lugar no Sena, no centro de Paris, poderão ser adiados ou mesmo cancelados devido a preocupações com a E. coli.
Numa nota ambiental mais positiva, os organizadores prometeram os “Jogos mais verdes de sempre”, com metade da emissão de carbono de Londres 2012.
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