Trump volta atrás sobre debater com Kamala Harris
Na terça, 23 de julho, Trump havia afirmado que debateria com Kamala Harris e “estaria disposto a fazer mais de um debate"
O candidato do Partido Republicano nas eleições presidenciais deste ano, Donald Trump (foto), condicionou sua participação em um eventual debate com sua presumida rival, a vice-presidente Kamala Harris, à nomeação formal dela como candidata presidencial pelo Partido Democrata.
“Dado o caos político contínuo em torno do trapaceiro Joe Biden e do Partido Democrata, os detalhes do debate eleitoral geral não podem ser finalizados até que os democratas decidam formalmente sobre seu candidato”, disse a campanha de Trump em nota oficial nesta quinta-feira, 25 de julho.
A convenção nacional do Partido Democrata, que formalizará a candidatura da sigla, está prevista para ocorrer entre 19 e 22 de agosto, a pouco mais de dois meses da eleição presidencial, marcada para 5 de novembro.
A nota da campanha de Trump desta quinta ainda afirma: “Há um forte senso de muitos no Partido Democrata – ou seja, Barack Hussein Obama – de que Kamala Harris é uma fraude marxista que não pode vencer o presidente Trump, e eles ainda estão esperando por alguém ‘melhor’. Portanto, seria inapropriado agendar as coisas com Harris porque os democratas poderiam muito bem ainda mudar de ideia”.
Trump, entretanto, havia se comprometido, na terça, 23, a debater com Kamala Harris.
Durante uma teleconferência com repórteres, Trump afirmou que debateria com Harris e “estaria disposto a fazer mais de um debate”.
“Debater é importante para uma corrida presidencial. Acho que, se você é o candidato democrata ou o candidato republicano, você realmente tem a obrigação de debater”, declarou o ex-presidente.
O próximo debate, marcado para 10 de setembro, será apresentado pela ABC News. Nos últimos dias, o republicano vinha pressionando para que a Fox News, mais conservadora, realizasse o debate, chamando a ABC de “piada” e acusando a emissora de ser favorável a Kamala e ao atual presidente, Joe Biden.
Desastre e desistência de Biden
Segundo o site de notícias americano Politico, em maio, Trump e o então presumido candidato democrata, o presidente Joe Biden, concordaram em fazer dois debates — um em 27 de junho, apresentado pela CNN, e outro em 10 de setembro, a ser transmitido pela ABC.
O desempenho desastroso do presidente no debate de junho acabou por levar os principais democratas a travar uma campanha para que ele abandonasse a corrida, o que Biden finalmente fez no último domingo (21).
Ainda assim, nesta terça, a campanha de Trump divulgou um memorando do pesquisador Tony Fabrizio no qual ele argumenta que Kamala terá um avanço nas pesquisas e ficará temporariamente à frente do candidato republicano.
“Dado o que aconteceu nos últimos dias e sua iminente escolha de um vice, não há dúvida de que Harris confirmará sua vitória [como nome dos democratas] antes da convenção”, escreveu Fabrizio, de acordo com o Politico. “Esse solavanco [nas pesquisas] provavelmente começará a aparecer nos próximos dias, e durará algum tempo até que a corrida se acalme.”
A teleconferência de Trump centrou-se na imigração, assunto que o ex-presidente planeja tornar uma peça central dos seus ataques contra Kamala. Ao mesmo tempo, a vice-presidente fazia em Milwaukee seu primeiro comício de campanha, no qual atacou o republicano.
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