O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy se encontrou com os líderes do bloco europeu, em Bruxelas na quinta-feira, 19 de dezembro, um mês antes do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomar posse.

Na pauta do importante encontro estava o papel da UE no mundo, como se preparar para o papel limitado dos EUA na Ucrânia e como lidar com uma potencial nova guerra comercial entre os EUA e a China, além da situação no Oriente Médio.

“Bem-vindo, Donald”

Quando perguntado sobre quais emoções ele sentia sobre um segundo mandato de Donald Trump, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky brincou com o repórter: “Bem-vindo, Donald”.

Zelenskyy disse que ele “quer muito que Trump nos ajude e acabe com esta guerra”. “Eu quero muito tê-lo do nosso lado, para mim é muito importante, eu quero discutir com ele mais detalhes”, ele disse.

Ao comentar o evento em seu perfil no X, o presidente ucraniano escreveu no final de uma longa postagem: “Em janeiro, o presidente Trump intensificará os esforços para acabar com a guerra. Depende de nós se a Europa o apoiará com uma voz forte e unida”, escreveu Zelensky em suas redes sociais.

Garantias europeias por si só não são suficientes

O presidente ucraniano disse também, em Bruxelas, “que garantias europeias não serão suficientes para a Ucrânia”, pois as garantias de segurança têm que vir da Otan (e, portanto, incluindo os Estados Unidos).

Zelenskyy se recusou a dizer se recebeu alguma garantia no jantar de quarta-feira, 18, oferecido pelo Secretário-Geral da Otan, Mark Rutte, sobre garantias de segurança ou tropas de manutenção da paz europeias na Ucrânia no caso de um acordo de paz.

“Não há decisões sobre isso”, disse Zelenskyy, acrescentando que “ele não pode compartilhar detalhes até que as decisões sejam tomadas”. Zelenskyy enfatizou que essas decisões tinham que vir tanto da Europa quanto dos EUA.

‘Ele adora matar’, diz Zelensky sobre Putin

“Acho que Putin é muito perigoso, ele não se importa com vidas humanas… Acho que ele é louco, de verdade”, disse o presidente da Ucrânia, Zelensky, a jornalistas em Bruxelas, após se reunir com chefes de governo europeus. “Ele adora matar”, concluiu.

Zelenskyy explicou que não gosta da palavra “cessar-fogo” porque um cessar-fogo não impedirá a Rússia de atacar depois de semanas, meses ou anos, disse ele.

“Todos perderão” se um acordo de cessar-fogo for feito. Por esse motivo, ele disse, “precisamos ter um plano real.”

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