Trump nega ter difamado escritora que o acusa de abuso sexual
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (foto) negou nesta quinta-feira, 25, em julgamento, que tenha difamado a escritora E. Jean Carroll, que o acusa de ter cometido abuso sexual há cerca de três décadas...
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (foto) negou nesta quinta-feira, 25, em julgamento, que tenha difamado a escritora E. Jean Carroll, que o acusa de ter cometido abuso sexual há cerca de três décadas.
O processo é o segundo relacionado ao caso.
Em maio de 2023, o republicano foi condenado a pagar 4,7 milhões de dólares a Carroll por abuso sexual.
O julgamento
Trump foi chamado ao púlpito por sua advogada, Alina Habba, que questionou se ele considerava falsas as acusações da escritora.
“Sim, eu considerava. Ela disse algo que eu considerei uma acusação falsa”, disse Trump.
O juiz do caso, Lewis Kaplan, ordenou que apenas a frase “sim, eu considerava” constasse no processo.
Questionados sobre os comentários que fez referentes a Carroll, Trump negou que tivesse tido a intenção de causar danos a escritora.
“Não, eu apenas queria me defender, defender minha família, francamente, a Presidência”, disse o ex-presidente.
Após o depoimento de Trump, a sessão foi suspensa. A expectativa é que o juiz Lewis Kaplan emita uma decisão nesta sexta-feira, 26.
Abuso sexual
Carroll acusa o ex-presidente americano de tê-la estuprado em uma loja de departamento em 1995 ou 1996. A escritora divulgou o caso em livro publicado em 2019, mas entrou com ação na Justiça civil de Nova York apenas em 2022.
Na Justiça de Nova York, abuso sexual significa a submissão a contato sexual sem consenso.
Trump foi inocentado da acusação de estupro, que envolve o ato da relação sexual.
O caso tramitou na esfera cível, porque o crime prescreveu, mas a Justiça de Nova York permite ações cíveis contra crimes sexuais prescritos.
Os problemas de Trump na Justiça dos EUA
Donald Trump tem 91 acusações federais e estaduais em quatro processos, incluindo conspiração para obstrução de justiça, falsificação de documentos e obstrução de um procedimento legal.
A maioria das acusações está relacionada ao discurso que alimentou teorias da conspiração e levou seus apoiadores mais radicais à invasão do Capitólio, em 2021.
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