O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, disse esta terça-feira, 27 de agosto, que “chegou a um acordo” para que o tão aguardado debate televisivo de 10 de setembro pudesse ter lugar contra a sua adversária democrata nas eleições presidenciais, Kamala Harris, dois dias depois de ameaçar não participar. A equipe do atual vice-presidente dos Estados Unidos, porém, não confirmou a realização do evento.

Na sua rede Truth Social, o candidato republicano disse ter “chegado a um acordo” com a equipe democrata em torno do debate, que deve decorrer na ABC nas mesmas condições do confronto organizado em 27 de junho na CNN entre Trump e o então- candidato, o presidente democrata Joe Biden, explica ele.

Nenhuma audiência estava então presente no estúdio e o microfone dos dois candidatos era cortado quando o seu concorrente falava. Trump disse que a ABC lhe garantiu que o debate, realizado na Filadélfia, seria “justo e equitativo”.

Controvérsia do microfone

A equipe de campanha de Harris pressionou para manter os microfones dos candidatos ligados durante todo o programa. “Ambos os candidatos manifestaram publicamente a sua disponibilidade para debater com microfones sem cortes durante todo o debate, a fim de permitir trocas reais (…) mas parece que Donald Trump está deixando sua equipe contradizê-lo”, disse o grupo de Harris em um comunicado.

“Por que eu debateria contra Kamala Harris neste canal?”, escreveu o ex-presidente no Truth Social no domingo, num cenário de atrito sobre o gerenciamento do microfone.

Apesar de tudo, o republicano garante que esta questão dos microfones “não me importa. Eu provavelmente preferiria que (os microfones) estivessem abertos”.

A equipe de campanha de Kamala Harris, por sua vez, acusou a comitiva do candidato republicano de querer protegê-lo, exigindo o corte dos microfones, porque “não acreditam que o seu candidato seja capaz de permanecer presidencial durante 90 minutos”.

Terça-feira, 27, no Truth Social, Trump afirmou também que a democrata se recusou a realizar um debate no dia 4 de setembro na Fox News, canal preferido dos conservadores, mas que esse encontro continuava a ser possível se Kamala Harris “mudasse de ideia”.

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