Trump critica Harris em entrevista com Musk no X
Trump abordou temas centrais para sua base de apoio, como imigração, economia, segurança nacional e a descentralização do sistema educacional dos Estados Unidos
Donald Trump participou de uma entrevista ao vivo com Elon Musk na noite desta segunda-feira, 12, na plataforma X. Durante aproximadamente duas horas, Trump fez críticas contundentes à vice-presidente Kamala Harris, afirmando que sua ausência na mídia reflete insegurança e a acusou de ser uma “radical de esquerda”. Além de Harris, Trump abordou temas centrais para sua base de apoio, como imigração, economia, segurança nacional e a descentralização do sistema educacional dos Estados Unidos, em um diálogo que atraiu mais de um milhão de ouvintes.
A entrevista começou com atraso devido a um problema técnico que afetou a plataforma X. Segundo a equipe de Elon Musk, o atraso foi causado por um ataque DDoS, um tipo de ataque cibernético onde hackers sobrecarregam um site ou serviço online com uma enxurrada de acessos simultâneos, causando interrupções ou até mesmo tirando o serviço do ar. Esse tipo de ataque é realizado através de uma rede de computadores infectados que envia um grande volume de solicitações ao servidor, impedindo que usuários legítimos acessem o conteúdo. A transmissão foi interrompida por cerca de 40 minutos, mas depois seguiu normalmente.
Mesmo com as dificuldades técnicas, a conversa prosseguiu, com Musk e Trump discutindo uma ampla gama de assuntos. Trump usou a oportunidade para criticar duramente a administração atual, afirmando que crises internacionais, como a invasão da Ucrânia pela Rússia, não teriam ocorrido se ele ainda estivesse no poder. Segundo ele, a liderança de Joe Biden e Kamala Harris contribuiu para a instabilidade global e o enfraquecimento dos Estados Unidos no cenário internacional.
No segmento sobre imigração, Trump reiterou seu posicionamento rígido, associando o aumento da violência urbana ao crescimento no número de imigrantes. Ele afirmou que a atual administração falhou em controlar as fronteiras e sugeriu que muitos dos imigrantes que entraram no país desde que Biden assumiu o cargo vieram de prisões e instituições psiquiátricas de outros países. Trump também defendeu a necessidade de descentralizar o sistema educacional, argumentando que os estados devem ter mais autonomia na gestão das escolas, o que, em sua visão, resultaria em uma melhoria na qualidade da educação.
Elon Musk, que já havia demonstrado apoio a Trump no passado, conduziu a entrevista em um tom amistoso, sem confrontar o ex-presidente sobre suas declarações mais polêmicas. A conversa foi caracterizada por uma interação fluida, onde Musk ofereceu a Trump a oportunidade de expandir suas opiniões sem muitas interrupções ou questionamentos incisivos. Isso gerou críticas de alguns analistas, que consideraram a entrevista mais como um palco para Trump reafirmar seus pontos de vista do que um espaço para um debate.
A transmissão atraiu um grande número de espectadores, com mais de um milhão de ouvintes conectados em seu pico, mas também levantou dúvidas sobre o real engajamento da audiência. Apesar do alto número de visualizações, a interação medida por curtidas, comentários e compartilhamentos foi relativamente baixa, o que levou alguns críticos a questionarem a eficácia do evento em engajar o público.
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