Trump acusa Harris de hipocrisia sobre muro
Campanha de Trump acusa a mídia de fabricar narrativa falsa sobre mudança de posição de Kamala Harris
A campanha de Donald Trump criticou duramente a vice-presidente Kamala Harris nesta terça, 27, após relatos de que ela teria adotado uma postura mais favorável à construção do muro na fronteira dos Estados Unidos com o México. Segundo a equipe de Trump, essa afirmação é “ultrajante” e uma tentativa da mídia de criar uma narrativa falsa.
A polêmica surgiu após uma matéria do portal Axios, que sugeriu que Harris estaria “mudando de lado” ao apoiar um projeto de lei bipartidário que prevê verbas para a segurança na fronteira, incluindo uma fração do financiamento destinado ao muro.
A campanha de Trump, no entanto, apontou que Harris sempre se opôs ao muro durante a administração anterior, lembrando que a construção foi interrompida logo no início do governo Biden-Harris em 2021.
Em um comunicado, a porta-voz da campanha de Trump, Karoline Leavitt, questionou o posicionamento da mídia, dizendo que “Kamala Harris jamais apoiou o muro de Trump” e acusou a vice-presidente de se esconder atrás de fontes anônimas em vez de falar abertamente sobre o assunto. A campanha de Harris, por outro lado, tenta apresentar a ex-senadora como uma defensora da segurança na fronteira, sem abandonar a sua crítica histórica ao muro.
A confusão aumenta com a recente propaganda da campanha de Harris, que tenta posicioná-la como firme em questões de imigração, utilizando imagens do muro construído durante o governo Trump. No entanto, o time de Trump reforça que as ações de Harris, enquanto a “czarina da fronteira”, foram contrárias à construção do muro.
Trumpistas destacam posições anteriores de Harris
Os “sonhadores” não devem ser colocados contra suas famílias ou negociados como uma mercadoria em troca de um muro antiamericano de US$ 25 bilhões, disse Kamala Harris no tweet de 2018 reproduzido abaixo.
“Dreamers” ou “sonhadores” são jovens imigrantes que chegaram aos Estados Unidos ainda crianças, trazidos por seus pais de forma ilegal. O termo “Dreamers” deriva do DREAM Act (Development, Relief, and Education for Alien Minors), um projeto de lei proposto pela primeira vez em 2001 que buscava conceder residência legal temporária e, eventualmente, um caminho para a cidadania para esses jovens, sob certas condições.
Embora o DREAM Act nunca tenha sido aprovado, muitos Dreamers foram protegidos pelo programa DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals), implementado durante o governo Obama. O DACA permite que esses jovens permaneçam nos EUA temporariamente, protegendo-os da deportação e permitindo que trabalhem legalmente no país.
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