Tribunal renova ordem de prisão contra Yoon Suk Yeol
O mandado anterior expirou após os investigadores serem impedidos por apoiadores e pela equipe de segurança do ex-presidente da Coreia do Sul de efetuarem a prisão
A Justiça da Coreia do Sul renovou nesta terça-feira, 7, a ordem de prisão contra o presidente afastado Yoon Suk Yeol (foto).
O mandado anterior expirou na segunda-feira, 6, após os investigadores serem impedidos por apoiadores e pela equipe de segurança do ex-presidente de efetuarem a prisão.
Segundo comunicado emitido pela equipe de investigação liderada pelo Escritório de Investigação de Corrupção para Alto Funcionários (CIO), foi solicitado ao Tribunal do Distrito Oeste de Seul a extensão do mandado, que foi prontamente aceito.
A nova ordem de prisão foi fundamentada na recusa do ex-presidente em colaborar com as investigações relacionadas à tentativa de centralizar o controle sobre instituições políticas do país. Destituído pelo Parlamento sul-coreano, Yoon se negou a ser interrogado em três ocasiões.
Atualmente, ele se encontra resguardado em sua residência, cercado por uma forte presença policial. Não há informações concretas sobre como ou quando o mandado será cumprido.
A defesa de Yoon argumenta que a investigação sobre as acusações de tentativa de insurreição está além da competência do escritório responsável.
Suspensão do primeiro mandado de prisão contra Yoon
O mandado de prisão, emitido em 31 de dezembro, acusava Yoon de tentativa de insurreição devido ao decreto de Lei Marcial em 3 de dezembro, que intensificou a crise política no país.
A ordem judicial previa sua detenção por até 48 horas, com validade até 6 de janeiro. Contudo, um porta-voz do Ministério Público informou que “o impasse no local tornou a execução inviável”, ressaltando também preocupações com a segurança dos envolvidos.
O decreto de Lei Marcial, anunciado por Yoon em rede nacional, substituía as leis civis por um regime militar, justificando-se como necessário para enfrentar “ameaças comunistas norte-coreanas”.
O Parlamento sul-coreano respondeu rapidamente, revogando a medida e iniciando o processo de impeachment, concluído em 14 de dezembro. Apesar disso, a destituição definitiva depende do julgamento do Tribunal Constitucional, que tem até seis meses para decidir.
Enquanto a decisão final não é tomada, o país é governado interinamente por Choi Sang-mok. A situação expõe divisões profundas na sociedade sul-coreana, com apoiadores de Yoon defendendo sua inocência e críticos exigindo sua prisão imediata.
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