Tratado global sobre Inteligência Artificial é assinado por EUA e países europeus
O objetivo principal é assegurar que os sistemas de IA sejam utilizados de forma ética e responsável.
A última quinta-feira, 05, foi marcada por um avanço significativo no campo da tecnologia com a assinatura do primeiro tratado internacional sobre o uso e padrões de inteligência artificial (IA) em Vilnius, Lituânia.
Este acordo inédito, centrado na responsabilidade e ética no desenvolvimento de IA, traz à mesa nações como Estados Unidos, Reino Unido e membros da União Europeia (UE).
Além destes, países como Andorra, Geórgia, Islândia, Israel, Noruega, Moldávia e San Marino também participaram da assinatura, após dois anos de elaboração com a colaboração de mais de 50 países.
Convenção do Conselho da Europa sobre IA
A convenção do Conselho da Europa relacionada à IA foi meticulosamente desenvolvida por mais de 50 países, incluindo Canadá, Japão e Austrália.
O objetivo principal é assegurar que os sistemas de IA sejam utilizados de forma ética e responsável.
Conforme reportado pelo Financial Times (FT), a convenção obriga os signatários a garantirem que os sistemas de IA respeitem direitos de igualdade e privacidade.
Além disso, é crucial que os sistemas de IA não produzam resultados prejudiciais ou discriminatórios.
Em caso de violações, as vítimas devem ter fácil acesso a recursos legais, garantindo uma proteção robusta e efetiva.
Tratado global sobre Inteligência Artificial é essencial
O ministro de Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido, Peter Kyle, destacou a importância do tratado, mencionando que este é o primeiro passo global significativo no controle e regulação da IA.
A magnitude deste acordo é ampliada pela diversidade de nações participantes, refletindo um esforço coletivo para abordar os desafios impostos pela IA.
Hanne Juncher, diretora das negociações no Conselho da Europa, enfatizou que dez países estão antecipados para uma rápida aprovação do tratado, reafirmando o compromisso global com esta regulamentação essencial.
Princípios da ratificação do tratado de Inteligência Artificial
Para que o tratado entre em vigor, é necessária a ratificação por pelo menos cinco signatários, incluindo três membros do Conselho da Europa.
Este processo garantirá que o tratado se torne uma norma reguladora acessível a qualquer país interessado em aderir.
Os Estados Unidos, representados pelo governo de Joe Biden, declararam seu compromisso em assegurar que as tecnologias de IA respeitem os direitos humanos e os valores democráticos, reforçando a importância de um uso ético e responsável dessas tecnologias avançadas.
Tratado inovador, mas sem previsão de multas
Apesar do tratado ser juridicamente vinculante, críticos têm apontado a falta de sanções específicas, como multas, para garantir o cumprimento rigoroso das normas estabelecidas.
No entanto, a existência do tratado já é um avanço significativo para a governança global da IA.
No cenário local, legisladores na Califórnia deram um passo à frente ao aprovar uma lei para regulamentar empresas de inteligência artificial generativa.
Esta legislação espera a sanção do governador Gavin Newsom até o final deste mês.
Processo de elaboração do Tratado Internacional sobre IA
O tratado foi elaborado pelo Comitê de Inteligência Artificial (CAI) do Conselho da Europa, englobando diretrizes sobre direitos humanos, democracia e o Estado de Direito.
Finalizado em março, a convenção foi adoptada pelo Comitê de Ministros do Conselho da Europa em 17 de maio.
Peter Kyle ressaltou que a amplitude e diversidade das nações envolvidas na assinatura do tratado refletem um verdadeiro esforço comunitário global para enfrentar os desafios e oportunidades criadas pela IA.
Em conclusão, este tratado representa um avanço significativo na regulamentação global da inteligência artificial, estabelecendo um quadro ético e responsável para a implementação de tecnologias que continuarão a evoluir rapidamente.
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