Trapalhadas em atentado contra Trump incluíram até agente pedindo suporte técnico
Relatório detalha erros absurdos na segurança do ex-presidente durante comício nos EUA
A tentativa de assassinato contra Donald Trump, ocorrida em 13 de julho de 2024, em Butler, Pensilvânia, revelou uma série de falhas gravíssimas no Serviço Secreto dos Estados Unidos.
Um dos erros mais absurdos envolveu um agente inexperiente, responsável pela operação de drones, que enfrentou dificuldades técnicas durante o evento e, inacreditavelmente, precisou ligar para uma linha de suporte técnico gratuito em meio ao caos. O agente havia recebido apenas uma hora de treinamento com o equipamento, e sua incapacidade de operar o drone prejudicou a resposta ao ataque.
O relatório do Comitê de Segurança Interna do Senado, divulgado nesta quarta-feira, 24, destacou também outros erros chocantes. Cerca de 27 minutos antes dos disparos, a equipe de segurança foi alertada sobre a presença de um suspeito no telhado de um prédio próximo, o AGR, mas a informação não foi repassada aos agentes responsáveis pela proteção de Trump. Esse prédio acabou sendo o ponto de onde o atirador Thomas Crooks efetuou os disparos.
Outra falha grave foi a negligência de um franco-atirador do Serviço Secreto. Pouco antes do ataque, ele viu policiais locais correndo em direção ao prédio AGR com armas em punho, mas não avisou a equipe para retirar Trump do palco. Segundo o atirador, “não passou pela cabeça” a necessidade de avisar alguém sobre o aumento do risco.
Além disso, o relatório revelou que pedidos feitos pela equipe de segurança de Trump para mais recursos, como drones adicionais e agentes de contra-assalto, foram negados sem explicação antes do comício. Essas solicitações poderiam ter evitado o ataque, que resultou na morte de um espectador e deixou dois feridos graves. Trump foi atingido de raspão na orelha.
Essas falhas, descritas como “previsíveis e evitáveis”, colocam em dúvida a capacidade do Serviço Secreto de proteger figuras públicas em eventos de grande porte. O chefe de comunicações do órgão, Anthony Guglielmi, afirmou que o incidente gerou uma revisão completa das operações e que mudanças já foram implementadas.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)