O chanceler alemão, Olaf Scholz, voltou a expressar neste sábado, 21, solidariedade ao povo de Magdeburg após o ataque ocorrido em uma feira de Natal na cidade, no dia anterior. 

Em publicação no X, ele afirmou que “toda a Alemanha está com o povo de Magdeburg”. Scholz participou de homenagens às vítimas na catedral local. 

Ele descreveu o evento como “um momento comovente de compaixão e solidariedade para uma cidade profundamente afetada”.

A ministra do Interior, Nancy Faeser, afirmou que, apesar das preocupações com segurança, acredita que os alemães podem continuar a frequentar os mercados de Natal, mas ressaltou que cabe aos cidadãos avaliar pessoalmente se se sentem seguros. 

Ela também mencionou que as autoridades avaliam reforços nas medidas de segurança e presença policial em locais de grande aglomeração.

Ataque em mercado de Natal

O ataque de sexta-feira em Magdeburg, que resultou em cinco mortes e cerca de 200 feridos, gerou questionamentos sobre a segurança nos mercados de Natal. 

O incidente reviveu lembranças do ataque de 2016 em Berlim, quando um requerente de asilo tunisiano com vínculos islâmicos matou 13 pessoas em um mercado de Natal.

O Papa Francisco enviou uma mensagem de apoio ao presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, expressando seu choque pelo ataque e agradecendo a todos os envolvidos no auxílio às vítimas. 

Entre as vítimas fatais, estão uma criança de nove anos e quatro adultos. Os alemães se reuniram neste sábado para prestar homenagens, deixando flores e acendendo velas em memória dos mortos. 

O autor do ataque

A imprensa internacional divulgou as primeiras imagens do autor do ataque ao mercado de Natal de Magdeburgo, na Alemanha, na noite de sexta-feira. Um veículo conduzido por Taleb A., médico saudita de 50 anos, avançou contra a multidão, causando mortes e ferimentos graves em dezenas de pessoas. Ele foi detido no local.

Uma das imagens divulgadas é uma foto de seu passaporte, enquanto a outra foi compartilhada pela Rair Foundation USA.

Em conformidade com as leis de privacidade, vários meios de comunicação alemães omitiram o sobrenome do suspeito, informando apenas que ele era psiquiatra e psicoterapeuta. 

Autointitulado ex-muçulmano, Taleb A. compartilhou publicações anti-islâmicas nas redes sociais, criticando a religião e apoiando aqueles que abandonaram o Islã. Ele também acusou o governo alemão de não combater a “islamização da Europa”. Apenas no X, o suspeito tem mais de 40 mil seguidores.

Nas redes sociais e em entrevistas recentes, Taleb A. expressava críticas à política migratória alemã, além de teorias conspiratórias envolvendo perseguição a ex-muçulmanos.

A polícia continua investigando os motivos do crime e analisa publicações do suspeito nas redes sociais, que incluíam mensagens de vingança.

O incidente ocorre oito anos após o ataque jihadista que matou 13 pessoas em um mercado de Natal em Berlim.