The Economist critica campanha de Biden por acobertar seu fiasco
Imprensa, no entanto, acobertou decrepitude do presidente dos EUA antes do debate, ao contrário do que fez O Antagonista
A capa da edição da revista britânica The Economist publicada nesta quinta-feira, 4 de julho, traz a imagem de um andador — equipamento utilizado por pessoas idosas com dificuldade de locomoção — com o brasão da Presidência dos Estados Unidos, ao lado do título: “Não há como governar um país”.
Diz a matéria:
“O debate presidencial foi terrível para Joe Biden, mas o acobertamento tem sido pior. Foi uma agonia ver um velho confuso lutando para lembrar palavras e fatos. Sua incapacidade de conseguir um argumento contra um oponente fraco foi desanimadora. Mas a operação de sua campanha para negar o que dezenas de milhões de americanos viram com seus próprios olhos é ainda mais tóxica, porque sua desonestidade provoca desprezo.
O efeito foi colocar a Casa Branca ao alcance de Donald Trump. Novas pesquisas revelaram que os eleitores nos estados em que o Sr. Biden precisa vencer se moveram contra ele. Sua liderança pode estar em perigo mesmo em estados outrora seguros, como Virgínia, Minnesota e Novo México.”
Fiasco
Mas não foi só a campanha de Biden, depois do debate, que acobertou seu fiasco.
A imprensa — parte da qual agora pede, em capas e editoriais, que ele desista — vinha acobertando a decrepitude do presidente e candidato democrata antes do debate, ao contrário do que fez o portal O Antagonista.
Com nosso jornalismo independente, vínhamos apontando, em numerosas ocasiões dos seis meses anteriores, os lapsos, apagões e dificuldades de raciocínio e locomoção de Biden, como, por exemplo, no Papo Antagonista de 16 de janeiro (assista abaixo) e em matéria de 2 de fevereiro sobre seu encontro “recente” com um presidente francês que morreu em 1996.
Também registramos considerações a respeito da fragilidade de Biden por parte de vozes democratas isoladas, do eleitorado consultado em pesquisas e, claro, da própria oposição republicana.
Sempre que a imprensa deixa de dizer verdade inconvenientes, em razão de cálculos políticos, a sociedade perde. Depois não adianta culpar só os grupos políticos que tentam manter a farsa.
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