Suspeitos de ligações com ISIS presos nos EUA
Seis russos ligados ao ISIS são presos em Nova York, Los Angeles e Filadélfia
Em uma ação conjunta do FBI e do Serviço de Imigração e Controle de Fronteiras (ICE), seis russos com ascendência iraniana foram detidos na última semana após investigação que incluiu escutas telefônicas. Durante a investigação, uma das escutas revelou conversas sobre a preparação de explosivos, aumentando a urgência da operação.
A investigação, conduzida por uma Força-Tarefa Conjunta de Terrorismo, monitorou os suspeitos por meses. Outros dois indivíduos do mesmo grupo foram presos anteriormente.
Os detidos cruzaram a fronteira sul dos EUA e inicialmente passaram despercebidos pela triagem das autoridades federais. No entanto, novas informações revelaram suas ligações com o ISIS, levando às prisões. A operação destacou a crescente preocupação com a segurança na fronteira, especialmente após avisos do diretor do FBI, Chris Wray, sobre possíveis complôs terroristas do ISIS em solo americano.
As detenções ocorrem em um momento de alerta elevado, com o FBI e o Departamento de Segurança Interna dos EUA trabalhando intensamente para identificar e neutralizar ameaças à segurança nacional. Recentemente, Wray alertou sobre a possibilidade de ataques coordenados semelhantes ao ocorrido em um concerto em Moscou, executado por terroristas do ISIS-K, uma facção radical do Estado Islâmico.
A operação sublinha a necessidade de vigilância contínua e coordenação entre as agências de segurança dos EUA para prevenir ataques terroristas e proteger a população.
Ataque do ISIS-K em Moscou deixou 137 mortos
O atentado terrorista em 22 de março de 2024 na casa de shows Crocus City Hall, em Moscou, Rússia, marcou um dos episódios mais sangrentos na história recente do país, com 137 mortos e dezenas de feridos confirmados. O grupo terrorista Estado Islâmico do Khorasan (ISIS-K) reivindicou a autoria do ataque.
No dia, pelo menos cinco homens armados e encapuzados invadiram a Crocus City Hall, atirando indiscriminadamente contra a multidão e lançando um artefato incendiário que provocou um incêndio no local. A cena de terror foi registrada em vídeos que circulam na internet, mostrando o pânico entre as pessoas presentes, que tentavam se esconder enquanto tiros ecoavam.
As autoridades russas agiram rapidamente, prendendo 11 suspeitos de envolvimento no ataque, incluindo os quatro atiradores. Segundo o presidente Vladimir Putin, os terroristas foram capturados enquanto tentavam fugir para a Ucrânia. Putin classificou o ataque como um “ato terrorista selvagem” e prometeu reforçar as medidas de segurança antiterrorismo no país.
O papa Francisco também condenou o atentado, descrevendo-o como uma “ação desumana que ofende a Deus”. A resposta internacional foi rápida, com os Estados Unidos negando qualquer envolvimento da Ucrânia e afirmando que o Estado Islâmico é o “único responsável”. Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, revelou que o governo americano havia alertado a Rússia no início de março sobre o risco de um ataque terrorista em Moscou.
O ISIS-K, uma facção afiliada ao Estado Islâmico que opera principalmente no Afeganistão, surgiu em 2015 a partir de dissidentes do Talibã paquistanês. O grupo é conhecido por sua brutalidade e pelo planejamento de ataques terroristas de grande escala.
A Rússia, no entanto, insiste que há um “rastro ucraniano” por trás do atentado, alegando que os terroristas receberam financiamento de “nacionalistas ucranianos”. Até o momento, Moscou não apresentou provas dessa ligação.
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