A presidente da Eslováquia, Zuzana Čaputová, confirmou nesta quarta-feira, 15, que a polícia prendeu o suspeito do ataque ao primeiro-ministro do país, Robert Fico, baleado ao sair de uma reunião em Handlova, cidade que fica a cerca de 190 quilômetros da capital do país, Bratislava.

Sem apresentar mais detalhes sobre o caso, ela disse ter ficado “chocada” com o “terrível e vil ataque” a Fico, que classificou como “um ataque à democracia”.

“Estou chocada. Estamos todos chocados com o terrível e vil ataque ao primeiro-ministro Robert Fico. Podemos ainda não compreender totalmente a gravidade do que aconteceu hoje. O ataque ao primeiro-ministro é, antes de mais, um ataque a um ser humano – mas é também um ataque à democracia. A violência é absolutamente inaceitável. O discurso de ódio e a retórica cheia de ódio, que testemunhamos em toda a sociedade, levam a atos de ódio. Por favor, vamos parar com isso”, afirmou Čaputová na rede social X, antigo Twitter.

“A polícia prendeu o autor do crime e fornecerá mais informações quando possível. Até lá, não façamos julgamentos precipitados, por favor. Acho que a coisa mais importante em que todos devemos nos concentrar neste momento é a rápida recuperação de Robert Fico”, acrescentou.

Quem atirou no primeiro-ministro da Eslováquia?

A emissora de televisão Sky News afirmou que o suspeito de atirar em Robert Fico é um ex-segurança de 71 anos, que abordou o primeiro-ministro eslovaco após ele deixar a Casa da Cultura em Handlová.

Ao canal, o repórter eslovaco Thomas Verniek disse que o suspeito se dirigiu a Fico como “Robo” – um apelido para Robert – antes de atirar nele várias vezes.

As motivações do ataque ainda não foram reveladas.

O estado de saúde de Fico

O ministro da Defesa da Eslováquia, Robert Kaliňák, afirmou que o primeiro-ministro, Robert Fico, ainda está em cirurgia e que seu estado de saúde é “extraordinariamente grave”.

Em entrevista coletiva, ele disse que Fico sofreu um “grave politrauma após vários tiros”.

“Não temos boas notícias neste momento e colocamos a nossa esperança nas mãos dos médicos especialistas do hospital”, afirmou.