Recentemente, uma nova cepa de mpox, antes conhecida como varíola dos macacos, foi detectada na cidade de Goma, situada no leste da República Democrática do Congo. Segundo fontes oficiais, pelo menos 25 pessoas foram infectadas, elevando as preocupações de saúde pública na região. A cidade, já enfraquecida por conflitos contínuos, enfrenta agora o desafio adicional de conter esse surto viral.

Os registros indicam um aumento significativo nos casos de mpox desde o início de 2023, com cerca de 20 mil infecções e mais de mil óbitos, a maioria entre crianças. Somente neste ano, foram relatados mais de 11 mil casos, incluindo 443 mortes causadas pelo vírus. Essa situação alarmante mobilizou autoridades a aprovarem o uso emergencial de vacinas, embora estas ainda estejam em fase de testes clínicos no país.

Como a nova cepa de Mpox está afetando os residentes de Goma?

O chefe da equipe Nacional de Resposta contra a Epidemia de Mpox, Cris Kacita, relatou em entrevista que a maioria dos novos infectados foi localizada nos campos de refugiados, áreas densamente povoadas e propensas à rápida disseminação de doenças. Kacita também enfatizou que a nova cepa foi identificada primeiramente na província de Kivu do Sul, contígua a Goma, aumentando a urgência de respostas eficazes para conter o surto.

Qual é o impacto global da disseminação dessa nova cepa?

Além das fronteiras do Congo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e diversos cientistas já expressaram preocupação com a possibilidade de essa nova cepa cruzar fronteiras internacionais. O mpox é uma infecção viral que se espalha por contato próximo e pode causar sintomas semelhantes aos da gripe, além de lesões cutâneas dolorosas. Apesar de muitos casos serem considerados leves, existem situações que levam a óbito, o que torna essencial a vigilância constante.

Quais são as medidas tomadas para controlar o surto?

As autoridades congolesas, com o apoio de organizações internacionais, estão trabalhando arduamente na implementação de estratégias de saúde pública, incluindo isolamento dos casos identificados, rastreamento de contatos e preparativos para a introdução de vacinação assim que disponível. Educação sanitária e medidas de higiene também estão sendo intensificadas nos campos de refugiados para tentar prevenir novas infecções.

• Rastreamento intensivo de contato;

• Educação sobre medidas de higiene pessoal;

• Preparação para vacinação emergencial;

• Isolamento dos casos confirmados.

Enquanto o Congo luta para conter este recente surto de mpox com recursos limitados e a complexidade de um ambiente de conflito contínuo, a solidariedade e o apoio internacional se fazem mais necessários do que nunca. Vigilância e cooperação contínuas serão essenciais para evitar que esta crise de saúde se intensifique ainda mais.