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Surto de Mpox no Congo: A chegada das vacinas

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 04.09.2024 09:56 comentários
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Surto de Mpox no Congo: A chegada das vacinas

A luta contra o surto de mpox na República Democrática do Congo atinge um ponto crucial com a chegada iminente de vacinas.

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Surto de Mpox no Congo: A chegada das vacinas
Créditos: depositphotos.com / ferdel99

A República Democrática do Congo (RDC) se prepara para um momento crucial no combate ao surto de mpox. O país está programado para receber seu primeiro lote de doses da vacina mpox na quinta-feira, 5 de setembro, e um segundo lote está previsto para sábado, 7 de setembro. Esta informação foi divulgada por Cris Kacita, chefe da resposta ao surto de mpox no país, através de uma mensagem de WhatsApp nesta quarta-feira, 4 de setembro.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou recentemente a mpox como uma emergência de saúde pública global, destacando a urgência de ações imediatas. A escassez de vacinas tem sido um dos maiores desafios enfrentados pelo Congo. Com a chegada das doses, espera-se que a RDC possa finalmente dar início a uma campanha de vacinação efetiva e controlar a disseminação do vírus.

Chegada das Vacinas contra Mpox no Congo

A entrega das vacinas representa uma vitória significativa para a RDC, especialmente após um período de profunda desigualdade no acesso aos imunizantes. Em 2022, apenas Europa e Estados Unidos tiveram acesso fácil às duas injeções utilizadas para controlar um surto global de mpox, enquanto os países africanos ficaram desassistidos. Com apoio internacional, Washington e Bruxelas prometeram entregar dezenas de milhares de doses da vacina fabricada pela Bavarian Nordic.

Kacita explicou que, se as doses chegarem conforme o cronograma, a campanha de vacinação no Congo poderá começar em 8 de outubro. No entanto, diversos fatores logísticos, como o armazenamento das vacinas a -90 graus Celsius e a aceitação pública, precisam ser resolvidos para garantir o sucesso da campanha.

Desafios Logísticos para a Campanha de Vacinação

A vastidão do território congolês e as condições de armazenamento das vacinas são obstáculos significativos que as autoridades de saúde precisarão superar. “Precisamos de comunicar para que a população aceite a vacinação”, enfatizou Kacita. As seis províncias destinadas a receber as vacinas devem possuir infraestrutura adequada para manter as doses nas temperaturas exigidas.

Estratégias da OMS e Envolvimento Comunitário

Maria Van Kerkhove, diretora interina de prevenção de epidemias e pandemias da OMS, destacou a importância da comunicação clara sobre quem será vacinado primeiro. Inicialmente, as vacinações serão direcionadas aos contatos de casos confirmados, devido à quantidade limitada de doses. Uma comunicação efetiva é essencial para evitar a disseminação de desinformação, que pode prejudicar a aceitação da vacina.

Sintomas e Riscos do Mpox

O mpox provoca sintomas semelhantes aos da gripe e lesões cutâneas cheias de pus, podendo ser fatal em casos graves. Desde o início de 2024, a RDC notificou 19.710 casos suspeitos de mpox, dos quais 5.041 foram confirmados e 655 resultaram em mortes. A transmissão ocorre através de contato próximo, incluindo contato sexual, tornando a disseminação rápida em áreas densamente povoadas.

Medidas Preventivas e Sensibilização

Além das vacinas, outras medidas são essenciais na luta contra o mpox. O rastreamento de contatos e a sensibilização sobre prevenção são fundamentais. O Ministro da Saúde do Congo, Roger Kamba, em uma mensagem de vídeo sobre o retorno das crianças às aulas, ressaltou a importância de práticas simples como lavar as mãos e desinfetar superfícies para evitar a propagação do vírus.

Este marco na chegada das vacinas é apenas o começo. Para controlar o surto de mpox efetivamente, serão necessários esforços contínuos em educação, infraestrutura e aceitação comunitária. A colaboração entre governos, instituições internacionais e comunidades locais será vital para o sucesso dessa missão.

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