Super explosão solar está “prestes” a acontecer
Tais fenômenos, muito mais agressivas do que as erupções solares comuns, podem ter um impacto significativo na vida moderna, afetando redes elétricas, satélites e sistemas de comunicação.
Recentes estudos apontam para a possibilidade de que o Sol possa produzir super explosões assustadoramente poderosas, liberando uma quantidade de energia comparável a bilhões de bombas atômicas.
Tais explosões, muito mais agressivas do que as erupções solares comuns, podem ter um impacto significativo na vida moderna, afetando redes elétricas, satélites e sistemas de comunicação.
Durante décadas, acreditou-se que eventos dessa magnitude eram extremamente raros, ocorrendo a cada vários milhares de anos. Contudo, uma pesquisa recente revelou que esses fenômenos podem ser mais frequentes, possivelmente a cada século.
Esses achados foram publicados na prestigiosa revista Science e trazem uma nova perspectiva sobre a frequência e o risco dessas super explosões.
Super explosão solar terá impacto na Terra
As explosões solares, incluindo as de escalas menores, acontecem regularmente e podem ter efeitos perceptíveis na Terra, como a criação de auroras e interrupções nas comunicações de rádio.
No entanto, as super explosões são eventos excepcionalmente perigosos e podem resultar em danos significativos.
A liberação massiva de energia ocorre quando os campos magnéticos do Sol se reestruturam de forma súbita, liberando radiação intensa e ejeções de massa coronal.
Historicamente, o Evento Carrington de 1859 é lembrado como uma grande tempestade solar que afetou o planeta, causando incêndios em cabos telegráficos e auroras visíveis em regiões atípicas, como os trópicos.
As evidências de superexplosões do passado são visíveis em anéis de árvores antigas, que mostram picos de radiocarbono resultantes dessas atividades solares intensas.
Frequência do fenômenos
O recente uso do telescópio espacial Kepler, da NASA, permitiu o estudo de mais de 56 mil estrelas semelhantes ao Sol, identificando milhares de super explosões entre 2009 e 2013, provenientes de 2.527 dessas estrelas.
Isso indica que a cada século, há uma probabilidade significativa de que o Sol produza uma super explosão, apesar de algumas diferenças entre estrelas, como a disposição em sistemas binários, o que pode alterar a manifestação desses eventos.
A equipe de pesquisa, liderada por Valeriy Vasilyev, do Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar, destaca que, apesar das incertezas, o potencial de uma superexplosão solar iminente não pode ser descartado, sendo necessário preparar-se para mitigar possíveis consequências severas para a Terra.
Estamos preparados para uma super explosão solar?
Atualmente, cientistas e agências espaciais estão concentrando esforços em melhorar a previsão de tempestades solares extremas. Uma das principais iniciativas é a sonda Vigília, da Agência Espacial Europeia (ESA), prevista para ser lançada em 2031.
Esta sonda terá a missão de monitorar o Sol de perto, buscando sinais de atividade que possam indicar uma tempestade solar grave.
Embora o risco de uma superexplosão solar represente uma ameaça potencial, esforços tecnológicos e científicos estão em andamento para reduzir o impacto de tais eventos em nosso planeta.
Com o avanço das pesquisas e ferramentas de monitoramento, a Terra pode estar mais bem equipada para enfrentar os desafios que uma super explosão traria.
Fonte: Olhar Digital
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