Steve Bannon condenado à prisão
Antes deste incidente com o comitê de 6 de janeiro, Bannon já havia sido preso em 2020 sob acusações de desvio de fundos em uma campanha de arrecadação denominada "We Build the Wall"
A corte de apelações dos Estados Unidos confirmou a condenação de Stephen Bannon por desacato ao Congresso. Esta não é a primeira vez que Bannon enfrenta problemas legais e é condenado à prisão.
Ex-estrategista-chefe da Casa Branca no governo Donald Trump, foi condenado a quatro meses de prisão e multa de US$ 6.500. Seu recurso foi negado baseado na inadequação do argumento de “privilégio executivo”, utilizado em sua defesa.
O privilégio executivo é uma doutrina legal que permite ao presidente e a outros altos oficiais do executivo federal manterem a confidencialidade de certas comunicações entre eles e seus assessores, se isso for considerado necessário para o funcionamento eficaz da presidência.
No caso de Bannon, o tribunal rejeitou a aplicação desse privilégio, argumentando que as informações requeridas pelo comitê não estavam diretamente ligadas às suas funções executivas, pois ele já havia deixado a Casa Branca muito antes dos eventos do Capitólio.
Problemas legais anteriores de Bannon
Antes deste incidente com o comitê de 6 de janeiro, Bannon já havia sido preso em 2020 sob acusações de desvio de fundos em uma campanha de arrecadação denominada “We Build the Wall”.
A campanha prometia destinar as doações para a construção de um muro na fronteira dos EUA com o México, mas Bannon e seus associados foram acusados de utilizar uma parte significativa dos fundos arrecadados para despesas pessoais.
Ele foi indiciado por fraude e lavagem de dinheiro. No entanto, Bannon recebeu um perdão presidencial de Donald Trump em seus últimos dias no cargo, o que anulou as acusações.
Quem é Steve Bannon?
Stephen Bannon é conhecido por seu papel como estrategista-chefe e conselheiro sênior do presidente Donald Trump. Antes de sua passagem pela Casa Branca, Bannon foi executivo do banco Goldman Sachs e produtor de filmes em Hollywood. Ele também é um dos fundadores do site Breitbart News, que se tornou uma plataforma para a chamada “alt-right” nos Estados Unidos.
Ele tem relações próximas com movimentos da direita populista ao redor do mundo, incluindo conexões com o bolsonarismo no Brasil. Bannon vê o Brasil como um campo crucial na luta global contra o que ele considera ser o globalismo e ideologias de esquerda. Ele tem apoiado e incentivado movimentos populistas em diversos países, utilizando sua plataforma para promover líderes que compartilham de suas ideias políticas.
O livro “Guerra Contra a Eternidade”, escrito por Benjamin Teitelbaum, explora mais profundamente as visões de Bannon e suas conexões com o tradicionalismo, uma filosofia que preza por valores religiosos e culturais antigos, frequentemente em oposição ao modernismo secular.
Bannon é retratado como alguém que se inspira em ideias tradicionalistas para moldar sua visão política e estratégica, enfatizando a importância de preservar a identidade cultural e espiritual das nações contra influências externas, o que aproxima seu pensamento de Alexandr Dugin, o ideólogo de Vladmir Putin.
Ideólogo de Putin amplia influência no Brasil, revela estudo (oantagonista.com.br)
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