“Sou o presidente eleito da Venezuela e substituirei Maduro”
Recentemente premiado com o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento pela União Europeia, junto com Maria Corina Machado, Gonzalez tem buscado apoio internacional para garantir a transição política no país sul-americano
Edmundo Gonzalez, um diplomata de 75 anos e ex-embaixador na Argélia e na Argentina foi o presidente eleito pelo povo venezuelano no último pleito, mas o ditador Nicolás Maduro se autoproclamou presidente sem mostrar provas de sua alegada vitória.
Recentemente premiado com o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento pela União Europeia, junto com Maria Corina Machado, Gonzalez tem buscado apoio internacional para garantir a transição política no país sul-americano.
Presidente eleito
A vitória de Gonzalez baseia-se nos registros oficiais das urnas, que indicam mais de 7,3 milhões de votos a seu favor, representando cerca de 70% dos eleitores. Ele acredita que o número poderia ter sido ainda maior caso os venezuelanos no exterior tivessem tido permissão para votar.
Após vencer as eleições, Gonzalez se viu obrigado a deixar o país devido às acusações de terrorismo e falsificação de documentos apresentadas contra ele. Após evitar uma armadilha legal e sob vigilância constante dos serviços de segurança do regime, buscou refúgio em embaixadas estrangeiras antes de conseguir sair do território venezuelano com sua esposa.
Atualmente exilado em Madri, Gonzalez enfrenta o desafio de assumir a presidência em 10 de janeiro, conforme previsto pela legislação venezuelana.
“Sou o presidente eleito da Venezuela e substituirei Nicolás Maduro em 10 de janeiro de 2025. No entanto, existem elementos imponderáveis que devem ser levados em conta. A ditadura de Nicolás Maduro pode não me deixar regressar ao meu país. Mas farei tudo o que estiver ao meu alcance para estar na Venezuela em 10 de janeiro de 2025”, declarou Gonzalez, em entrevista para a revista francesa Le Point,
Venezuela é uma ditadura
Gonzalez caracteriza o governo Maduro como uma ditadura, apontando a existência de mais de 2.000 presos políticos e a censura generalizada dos meios de comunicação como evidências do autoritarismo vigente.
A repressão às liberdades civis intensificou-se sob o comando de Maduro, após anos de erosão dos direitos iniciada durante o governo Hugo Chávez.
Determinante para o futuro político do país será o apoio das forças armadas venezuelanas, atualmente divididas entre lealdade ao regime e descontentamento com as condições internas do país.
Apesar da repressão que silenciou manifestações populares após as eleições, Gonzalez acredita na capacidade do povo venezuelano para se mobilizar por mudanças.
Reconstrução nacional e reconciliação
Caso consiga assumir a presidência, Gonzalez promete um governo voltado à reconstrução nacional e à reconciliação, sem buscar vingança contra Maduro ou seus apoiadores.
Ao lado da líder opositora Maria Corina Machado, que ocupará um cargo crucial em seu governo, ele pretende implementar medidas concretas baseadas em análises elaboradas por especialistas venezuelanos para tirar o país da crise econômica e humanitária em que atualmente se encontra
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