Sobrinha de Marine Le Pen pede desculpas a cristãos por abertura da Olimpíada
Conservadores criticaram alusão à Última Ceia feita por drag queens; Marion Maréchal vê "provocação" de uma minoria de esquerda
A deputada ao Parlamento Europeu Marion Maréchal, sobrinha de Marine Le Pen, foi às redes sociais pedir desculpas aos cristãos por um trecho da abertura da Olimpíada de Paris. A cerimônia aconteceu nesta sexta-feira, 26 de julho, na capital francesa.
Em um trecho da abertura dos Jogos, um grupo de drag queens (foto) fez uma alusão à Última Ceia. A cena provocou indignação de conservadores e cristãos e foi um dos assuntos mais comentados nas redes nesta sexta, inclusive no Brasil.
“A todos os cristãos do mundo que estão assistindo à cerimônia de #Paris2024 e se sentiram insultados por essa paródia drag queen da Última Ceia, saibam que não é a França que está falando, mas uma minoria de esquerda pronta para qualquer provocação”, escreveu Maréchal num post em inglês e francês na rede social X, antigo Twitter.
A eurodeputada acrescentou ao texto a hashtag #notinmyname (não em meu nome).
Mudança de sobrenome
Mais jovem deputada eleita para a Assembleia Nacional francesa —em 2012, aos 22 anos—, Marion Maréchal se apresentava como Marion Maréchal-Le Pen até 2018, quando parou de usar o sobrenome da tia. No ano seguinte, ela deixou o partido de Marine, o Rassemblement National (RN).
Em 2022, ela se juntou aos nacionalistas de extrema direita do partido Reconquista, do comentarista televisivo Éric Zemmour.
Neste ano, Marion se elegeu eurodeputada, mas foi expulsa do partido por Zemmour após pedir votos para a antiga sigla, o RN, nas eleições legislativas do início deste mês.
Reações no Brasil
O trecho da abertura da Olimpíada com a Última Ceia de drag queens também provocou manifestações contrárias nas redes sociais brasileiras.
“Enquanto isso, na abertura das Olimpíadas, uma ‘Santa Ceia’ recriada com LGBTs. Tem até uma criança no meio”, escreveu o perfil oficial do MBL (Movimento Brasil Livre) no X.
“Vocês lembram o que aconteceu depois da encenação do Diabo pisando em Jesus no Carnaval de 2019? Com Deus não se brinca”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na mesma rede.
Alexandre Borges, de O Antagonista, observou: “Uma Santa Ceia com drag queens na mesma cidade em que 12 pessoas foram assassinadas na redação do Charlie Hebdo em 2015 por causa de caricaturas de Maomé. Pense nisso”.
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