Sobrevivente de rave atacada pelo Hamas é encontrada morta
Segundo a família, Shirel Golan sofreu transtornos pós-traumas devido aos horrores que vivenciou no festival de música eletrônica Nova
Shirel Golan (foto), sobrevivente de um dos primeiros ataques do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023, foi encontrada morta no apartamento em que morava no dia de seu aniversário de 22 anos.
Segundo a família de Shirel Golan, a jovem sofreu transtornos pós-traumas devido aos horrores que vivenciou no festival de música eletrônica Nova, quando o Hamas invadiu Israel e matou mais de 1.200 pessoas, além de sequestrar 250 reféns.
A jovem cometeu suicídio. A família acusa as autoridades do país de não terem dado assistência adequada para que ela pudesse lidar com tudo o que presenciou.
Golan foi resgatada no dia do massacre por um policial, que a levou para Kfar Maimon, no sul de Israel, depois que um veículo em que ela estava teve 11 pessoas assassinadas.
De acordo com o irmão da jovem, Eyal, Golan exibiu sintomas pós-traumáticos, como evitação e retraimento social. Apesar dos esforços da família para incentivá-la a procurar tratamento, Golan relatou que não recebeu assistência adequada das autoridades.
Ela chegou a ser hospitalizada duas vezes, mas, segundo a família, nunca foi oficialmente reconhecida como uma vítima pós-trauma do massacre no festival de música eletrônica.
Processo coletivo
Um grupo de 50 sobreviventes dos ataques do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, entrou na Justiça contra o estado israelense por suposta negligência na proteção de suas vidas.
Cobrando uma indenização próxima a 200 milhões de shekels (ou cerca de 50 milhões de reais, na cotação atual), o grupo quer responsabilizar o governo de Benjamin Netanyahu pelas mortes ocorridas durante a rave na região do deserto de Negev.
A ação do Hamas sobre a rave – que incluíram uma série de foguetes disparados a partir da faixa de Gaza, assim como a ação em terra de atiradores recrutados pelas forças palestinas – foi uma das primeiras a ser fartamente documentada por meio de imagens, vídeos e relatos em redes sociais de alguns dos presentes.
Leia também a reportagem da revista Crusoé: “Um ano sem paz”.
A edição abordou o impacto psicológico do ataque e a sensação de vulnerabilidade que persiste. Para muitos, o 7 de outubro não é apenas uma data de luto, mas um divisor de águas na percepção de segurança em Israel. O massacre, que deixou centenas de famílias devastadas, reforçou a sensação de que o perigo pode voltar a qualquer momento.
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