Sindicato francês ameaça com greve durante as Olimpíadas
O sindicato CGT da França ameaça greves durante as Olimpíadas de Paris, reivindicando melhores salários e condições de trabalho para funcionários públicos. Saiba mais sobre a situação
O sindicato CGT da França anunciou na quinta-feira (7) que os funcionários públicos, incluindo os de hospitais, poderão entrar em greve durante os Jogos Olímpicos de Paris, caso suas reivindicações sobre salários e condições de trabalho não sejam atendidas.
Diretor do CGT exige resposta do governo
Sophie Binet, diretora do CGT, afirmou à rádio Franceinfo que um aviso de greve será apresentado no início do próximo mês. De acordo com ela, o sindicato vem se planejando há anos para as Olimpíadas e deseja que o governo tome medidas imediatas para garantir o sucesso dos Jogos. “Estamos dizendo a mesma coisa há meses e ninguém se importa. Isso está começando a ficar cansativo”, acrescentou.
Reinvindicações abrangem uma série de questões
Binet mencionou questões diversas para justificar a possível greve. Entre elas estão a compensação justa das horas extras trabalhadas pelos funcionários, planos de férias cancelados, a busca por creches extras e o alto custo de moradia em Paris durante os Jogos.
Olimpíadas de Paris estão programadas para começar no final de julho e deve aumentar significativamente a demanda sobre a força de trabalho de Paris, já sobrecarregada pelas ameaças à segurança e a falta crônica de pessoal nos hospitais e na rede de transporte.
Governo ofereceu bônus à polícia para trabalhar durante os Jogos
O ministro do Interior da França ofereceu bônus de até 1.900 euros para os policiais que trabalharem durantes os Jogos. “Por que os outros trabalhadores do setor público não podem ter os mesmos bônus? Existe uma hierarquia entre a polícia e os trabalhadores dos hospitais?”, questionou Binet.
A diretora do CGT também expressou preocupações sobre como os hospitais da região de Paris irão funcionar com o aumento de visitantes. “São esperados milhões de visitantes extras em Paris e não há recursos adicionais alocados para os hospitais da região”, ressaltou.
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