Neste domingo (3), os legisladores paquistaneses nomearam Shehbaz Sharif como o novo primeiro-ministro do país. Este resultado surge após uma eleição geral caracterizada por atrasos significativos e amplas alegações de fraude eleitoral.

Resultado das eleições gerais

A votação ocorreu no dia 8 de fevereiro e os resultados oficias mostraram que os candidatos independentes vinculados ao partido Paquistanês Tehreek-e-Insaf (PTI), liderado pelo ex-primeiro-ministro Imran Khan, conquistaram o maior número de cadeiras no parlamento, com um total de 102 cadeiras. No entanto, nenhum dos três principais partidos obteve os 169 assentos necessários para conquistar a maioria.

Retorno ao poder

Shehbaz Sharif, que outrora liderou o país, agirá como primeiro-ministro mais uma vez, dessa vez à frente de um governo de coalizão com o seu partido, a Liga Muçulmana do Paquistão (PMLN). Este partido, que ficou em segundo lugar na eleição com 73 assentos, é liderado por Nawaz Sharif, ex-primeiro-ministro e irmão mais velho de Shehbaz. O principal rival de longa data do PMLN, o Partido Popular do Paquistão (PPP), conquistou 54 assentos.

Tensões pós-eleição

Após a votação na câmara baixa do parlamento, os membros da oposição começaram a protestar contra Sharif. Enquanto ele discursava para os parlamentares, foi acusado de ser um “ladrão”, aumentando as tensões no cenário político paquistanês. Com a nomeação de Shehbaz Sharif ainda fresca, o futuro político do Paquistão permanece incerto.