Serviço Secreto admite ter rejeitado pedidos de Trump por mais segurança
Em declarações anteriores, a agência americana havia negado que esses pedidos tivessem sido rejeitados
O Serviço Secreto dos Estados Unidos admitiu no sábado, 20 de julho, que recusou pedidos de recursos adicionais feitos pela equipe de segurança de Donald Trump (foto) nos dois anos que antecederam a tentativa de assassinato do ex-presidente.
Em declarações anteriores, a agência havia negado que esses pedidos tivessem sido rejeitados.
“Há uma afirmação falsa de que um membro da equipe do ex-presidente solicitou recursos adicionais e que eles foram rejeitados”, disse Anthony Guglielmi, porta-voz do Serviço Secreto, no domingo passado.
Neste sábado, porém, Guglielmi reconheceu que o Serviço Secreto havia recusado alguns pedidos para mais seguranças.
“Os pedidos negados de recursos adicionais não eram especificamente para o comício em Butler”, afirmou Guglielmi em declaração fornecida pelo New York Times.
Ele acrescentou que, nos casos em que o Serviço Secreto não pôde fornecer recursos adicionais, a agência complementou a segurança de Trump com policiais estaduais e locais ou mudaram planos de segurança para reduzir a exposição do ex-presidente.
O Serviço Secreto americano foi alvo de várias críticas em razão do atentado a Trump. Thomas Matthew Crooks, o atirador de 20 anos que tentou matar o ex-presidente dos EUA, usou um rifle comprado pelo pai e atirou contra o candidato republicano de um prédio próximo ao comício em Butler, na Pensilvânia.
Bill Pickle, ex-diretor assistente do serviço secreto, afirmou que “não há desculpa para não cobrir um telhado tão perto do local.”
A desculpa esfarrapada
A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, tentou explicar a falha no esquema de proteção de Donald Trump no comício eleitoral de sábado, 13 de julho, durante o qual o agora candidato presidencial republicano foi alvo de um atentado a tiros.
O Serviço Secreto é responsável pela segurança de todos os ex-presidentes e candidatos presidenciais.
Segundo Cheatle, havia um “fator de segurança“ que levou o serviço secreto a não deslocar um agente para o “telhado inclinado“, onde estava o atirador, Thomas Matthew Crooks, a 150 metros do comício.
“Esse edifício em particular tem um telhado inclinado em seu ponto mais alto. E então, você sabe, há um fator de segurança que seria considerado lá, que não gostaríamos de colocar alguém em um telhado inclinado“, disse a diretora à ABC News em uma entrevista na terça-feira, 16.
“E então, você sabe, a decisão foi tomada para proteger o prédio, por dentro”, acrescentou.
Segundo a imprensa americana, Crooks, de 20 anos, teria permanecido naquele telhado por 30 minutos antes de disparar o primeiro tiro.
Ele teria escapado do Serviço Secreto e das autoridades policiais locais três vezes desde o primeiro momento que foi avistado, antes de chegar ao telhado.
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