Senado do Chile aprova solicitação ao TPI de prisão contra Maduro
O Senado chileno aprovou na terça-feira, 27 de agosto, um projeto para solicitar ao Tribunal Penal Internacional a emissão de um mandado de prisão contra Nicolás Maduro e para que o presidente Gabriel Boric reconheça Edmundo González como presidente eleito
O Senado chileno aprovou na terça-feira, 27 de agosto, um projeto para solicitar ao Tribunal Penal Internacional a emissão de um mandado de prisão contra Nicolás Maduro e para que o presidente Gabriel Boric reconheça Edmundo González como presidente eleito.
“Pedimos que seja enviado o mandado de prisão contra Maduro. A tortura, a perseguição e a proibição que Maduro gerou para que os venezuelanos possam viver em liberdade, nos dão hoje a obrigação moral do Senado do Chile de pedir ao presidente Gabriel Boric que não apenas reconheça a vitória de Edmundo González, mas que, além disso, o Tribunal Penal Internacional possa prender Maduro”, indicaram.
Esta iniciativa foi apresentada pela Conselheira Adjunta para Vítimas do TPI, Macarena Solís de Ovando Gómez, como parte da equipe que representa as vítimas do processo perante o TPI denominado Situação na Venezuela e que é liderado pelo Representante Legal das Vítimas Juan Carlos Gutiérrez.
O pedido surge em meio à crise que a Venezuela enfrenta, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou de modo fraudulento Nicolás Maduro como presidente reeleito em 28 de julho, com 52% dos votos, contra 43% do candidato da oposição Edmundo González Urrutia.
Chile reage à cumplicidade do Brasil
Refira-se que o governo chileno reagiu este fim de semana à declaração conjunta da Colômbia e do Brasil que insiste em solicitar transparência ao regime venezuelano e ao mesmo tempo critica as sanções contra o madurismo.
Os governos do Brasil e da Colômbia, questionados por não condenarem a fraude eleitoral na Venezuela, publicaram um comunicado conjunto no qual solicitavam a publicação dos registos eleitorais das eleições de 28 de julho.
“Ambos os presidentes continuam convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral só pode ser restaurada através da publicação de dados desagregados e verificáveis. A normalização política da Venezuela exige o conhecimento de que não existe alternativa duradoura ao diálogo pacífico”, indica o comunicado dos países latinos acusados pela comunidade internacional de cumplicidade com Nicolás Maduro.
Por sua vez, o Ministro das Relações Exteriores do Chile, Alberto Van Klaveren, reagiu à declaração da Colômbia e do Brasil enfatizando que qualquer evidência que revele o verdadeiro resultado das eleições venezuelanas é bem-vinda.
Da mesma forma, o presidente do Chile, Gabriel Boric, alertou que o Supremo Tribunal de Justiça de Maduro completou a fraude ao validar a vitória de Maduro sem mostrar os registos eleitorais. “Qualquer coisa que leve a conhecer o verdadeiro resultado das eleições manipuladas pelo regime venezuelano é bem-vinda”, acrescentou Boric.
Leia mais: Lula insiste numa nova chance a Maduro
Leia também: O que o Itamaraty quer esconder sobre a Venezuela?
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)