Senado americano entra em acordo sobre ajuda à Ucrânia
O Senado dos EUA finalmente concordou com uma nova ajuda a Kiev em troca de uma política de migração mais restritiva.
O Senado dos EUA finalmente concordou com uma nova ajuda a Kiev em troca de uma política de migração mais restritiva.
O acordo inclui 60 bilhões de dólares em ajuda a Ucrânia e 14,1 bilhões de dólares para Israel. Mas o presidente republicano da Câmara dos Representantes prometeu enterrá-lo imediatamente.
Os senadores norte-americanos chegaram no domingo a um acordo sobre imigração e ajuda à Ucrânia, após meses de acirrado debate, mas o presidente republicano da Câmara dos Representantes prometeu imediatamente enterrá-lo, apesar do apelo de Joe Biden para “adotá-lo rapidamente”.
Política de migração
O acordo prevê também reformas da política de migração, mas sobretudo restrições mais severas no sistema de processamento de pedidos de asilo.
O texto foi rapidamente aprovado por Joe Biden, que destacou os esforços feitos durante décadas para reformar o “fracassado” sistema de imigração do país, ao mesmo tempo que defendeu uma atitude mais humanista do que a do seu antecessor Donald Trump, cujas medidas controversas levaram à separação de famílias na fronteira EUA-México.
“Alcançamos um acordo bipartidário sobre segurança nacional que inclui as reformas migratórias mais fortes e justas em décadas. Apoio fortemente”, declarou Biden em um comunicado à imprensa.
Para ser adotado, o acordo deverá ainda ser aprovado na Câmara dos Deputados. Porém Mike Johnson, o presidente da Câmara, apoiador de Donald Trump, escreveu no X: “Esta lei é ainda pior do que esperávamos e está muito longe de pôr fim ao desastre na fronteira criado pelo presidente.”
Joe Biden apelou aos republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes, para apoiarem este acordo bipartidário, apesar do apelo de Trump, o seu provável futuro adversário nas eleições presidenciais de Novembro. “Se você acredita, como eu, que precisamos proteger a fronteira agora, não fazer nada não é uma opção”, disse ele.
Ucrânia e Israel
Os Estados Unidos, o principal apoiador militar da Ucrânia, têm lutado durante vários meses para validar este acordo.
Ciente de que o sentimento de emergência desapareceu em Washington desde o início da guerra em 2022, o presidente Biden pediu ao Congresso que combinasse o seu pedido de ajuda à Ucrânia com outro de ajuda a Israel na guerra contra o Hamas.
Desde o início do conflito, o Kremlin tem apostado no declínio da ajuda ocidental, e qualquer hesitação dos aliados de Kiev reforça a crença da Rússia de que a sua aposta será vencedora.
No final de dezembro, os Estados Unidos disponibilizaram a sua última parcela de ajuda militar disponível à Ucrânia
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