Seis democratas votam pró-resolução que condena Kamala por atuação na fronteira
Apresentado pela republicana Elise Stefanik, o texto foi aprovado por 220 votos a 196 na Câmara dos Representantes
Seis deputados do Partido Democrata votaram nesta quinta-feira, 25, a favor de uma resolução para condenar a atuação da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, na fronteira com o México.
Apresentado pela republicana Elise Stefanik, o texto foi aprovado por 220 votos a 196.
Os democratas que votaram a favor da resolução são Jared Golden, Yadira Caraveo, Don Davis, Marie Gluesenkamp Perez, Henry Cuellar e Mary Peltola.
Apesar da aprovação na Câmara, a resolução para condenar Kamala não deve avançar no Senado, já que a Casa possui maioria democrata.
A crise migratória nas eleições americanas
A segurança da fronteira americana já era vista pelos republicanos como um ponto-chave para incomodar os democratas.
Segundo o portal Politco, o tema deve ser ainda mais explorado com a candidatura de Kamala Harris à presidência americana, já que a vice-presidente chegou a ser chamada de “czar da fronteira” por sua atuação na crise migratória no início do governo Biden.
“Não importa em qual distrito você vá, a questão número um que os americanos enfrentam é a crise de fronteira aberta de Kamala Harris”, disse Stefanik no plenário.
“O povo americano merece autoridades eleitas que entendam a gravidade da crise na fronteira”, acrescentou.
Narrativas para favorecer Kamala Harris?
Como mostrou O Antagonista, Peter Savodnik, editor sênior da The Free Press, publicou na quarta, 24, um artigo intitulado “Enganando o Público sobre Kamala Harris como ‘Czar da Fronteira’” para abordar a confusão deliberada em torno do papel da vice-presidente Kamala Harris na crise migratória, destacando mudanças na narrativa da mídia que, segundo ele, favorecem sua candidatura presidencial.
O jornalista diz que a mídia está realizando um “gaslighting” – termo que descreve manipulação para fazer alguém duvidar de sua sanidade – ao redefinir o papel de Harris, em um esforço para proteger sua imagem. Ele acusa a imprensa de agir de forma “bolchevique”, revisando a história e apagando fatos para servir a objetivos políticos, similar à manipulação de informações que ele associa ao regime soviético, que ele conhece por experiência própria por ter morado e trabalhado na antiga União Soviética.
Segundo ele, as reportagens recentes falharam em abordar questões críticas sobre a situação na fronteira, como o recorde de 250 mil migrantes ilegais detidos em dezembro de 2023 e a violência e influência dos cartéis de drogas. “Se a fronteira não fosse um caos, Kamala Harris estaria fazendo campanha com esse tema agora”, afirma Savodnik, criticando a mídia por favorecer Harris ao invés de fornecer uma análise objetiva.
O cerne da acusação está na mudança de como diversos meios de comunicação se referem ao papel de Harris. Anteriormente, ela era frequentemente chamada de “czar da fronteira” ou descrita como tendo um papel significativo na gestão da crise migratória. Agora, esses mesmos veículos afirmam que ela nunca teve esse título ou responsabilidade.
Leia mais: Savodnik: mídia “bolchevique” altera narrativas para favorecer Kamala Harris
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