Seis crianças ucranianas foram repatriadas da Rússia
Seis crianças ucranianas levadas pela Rússia após a invasão da Ucrânia serão reunidas às suas famílias. Moscou é acusado de deslocar milhares de crianças dos territórios ucranianos ocupados.
Seis crianças ucranianas levadas pela Rússia após a invasão da Ucrânia serão reunidas às suas famílias após mediação do Catar, anunciaram as autoridades deste país.
Moscou é acusado de deslocar milhares de crianças dos territórios ucranianos ocupados desde fevereiro de 2022.
Este grupo de crianças, com idades entre os 8 e os 15 anos, é o segundo a ser repatriado como parte de um acordo negociado entre os dois países através do Catar. Em outubro passado quatro menores sequestrados pelo regime de Putin foram devolvidos a seus familiares.
As crianças foram reunidas na embaixada do Catar em Moscou, de onde partirão para Kiev, via Minsk. Eles serão acompanhados por diplomatas do Catar até a fronteira com a Ucrânia, segundo as autoridades.
Um deles é um menino de 11 anos cuja mãe, uma soldada ucraniana, ainda está detida na Rússia. Ele será cuidado em Kiev por sua tia.
Outro, de oito anos, vivia com a avó em Kremennaya, no leste da Ucrânia, desde março de 2022. Ele encontrou sua mãe na cidade de Luhansk, ocupada pelos russos, antes de partir para Moscou e depois para Kiev.
A Ucrânia acusa a Rússia de ter organizado a “deportação” de milhares de crianças ucranianas para o seu território, o que levou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a emitir um mandado de detenção contra Vladimir Putin por crimes de guerra. Estas acusações são rejeitadas pelo Kremlin, que afirma querer proteger estas crianças dos combates.
Em 19 de setembro, em Assembleia Geral da ONU, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, denunciou que a Rússia estava raptando crianças dos territórios ucranianos invadidos por Moscou para pressionar suas famílias e para doutriná-las para odiarem o país.
Em julho de 2023, o parlamentar russo Grigory Karasin disse que Moscou trouxe cerca de 700 mil crianças da zona de conflito. Na ocasião, Kiev acusou o Kremilin de cometer crimes de guerra ao sequestrar os menores de idade.
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