Secretário-geral da OEA quer mandado de prisão do TPI contra Maduro
"É hora de Justiça. Vamos solicitar o indiciamento dessas acusações", disse Luis Almagro durante reunião da OEA
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmou nesta quarta-feira, 31, que irá pedir um mandado de prisão contra o ditador venezuelano Nicolás Maduro ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.
“Maduro prometeu um banho de sangue, e ficamos indignados ao ouvir isso e ainda mais indignados agora que ele está fazendo isso. Existe premeditação, traição, impulso brutal, ferocidade, vantagem superior. É hora de apresentar acusações e um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional contra os principais perpetradores, incluindo Maduro. É hora de Justiça. Vamos solicitar o indiciamento dessas acusações. Por um hemisfério livre de crimes contra a humanidade”, disse Almagro durante a reunião do Conselho Permanente da OEA.
OEA não aprova resolução sobre Venezuela
Apesar da intenção do secretário-geral Luis Almagro, a OEA não conseguiu aprovar uma resolução exigindo que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela apresente as atas da votação do último domingo, 28 de julho.
Eram necessários 18 votos no conselho permanente da OEA para aprovar a resolução, que também demandava a verificação dos dados por observadores internacionais.
Houve 17 votos a favor da resolução, nenhum contra, 11 abstenções e 5 ausências.
Por Maduro, o Brasil se abstém
Entre as abstenções estavam dois governos de esquerda, alinhados a Maduro: o Brasil, de Lula, e a Colômbia, do ex-guerrilheiro Gustavo Petro.
O México, do também esquerdista López Obrador, se ausentou.
O texto rejeitado determinava que a Venezuela publicasse “imediatamente os resultados da votação das eleições presidenciais em nível de cada seção eleitoral” e que, “conforme solicitado pelos atores políticos venezuelanos relevantes, uma verificação abrangente dos resultados seja realizada na presença de organizações de observação independentes, para garantir a transparência, credibilidade e legitimidade dos resultados eleitorais”.
As abstenções de Brasil e Colômbia e a ausência do México, na prática, dão tempo a que o regime de Maduro encontre uma maneira de “justificar” a fraude eleitoral.
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