Sarkozy é acusado de manipulação de testemunhas
O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy (foto) foi acusado nesta sexta-feira (6) em uma investigação por possível manipulação de testemunhas...
O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy (foto) foi acusado nesta sexta-feira (6) em uma investigação por possível manipulação de testemunhas, informa a agência France Presse. É mais uma acusação em uma longa lista que inclui o suposto financiamento ilegal de sua campanha presidencial em 2007.
Após interrogá-lo por 30 horas ao longo de quatro dias, os juízes responsáveis pelo caso acusaram Sarkozy de encobrir o suborno de testemunhas e de conspiração para obstruir a justiça, segundo informações de uma fonte judicial à AFP.
Hoje com 68 anos, o ex-presidente ainda é uma figura influente na política francesa, principalmente na direita. O caso em questão está relacionado às acusações de que Sarkozy teria recebido dinheiro do ditador líbio Muammar Kaddafi, morto em 2011, para financiar sua campanha eleitoral.
O julgamento do acusação sobre o financiamento líbio está marcado para começar em 2025. Antes disso, no entanto, Sarkozy enfrentará outro julgamento, em novembro deste ano, por financiamento ilegal da campanha de 2012, na qual perdeu para o socialista François Hollande.
Neste novo caso, os juízes estão investigando a mudança no depoimento de uma testemunha-chave, o empresário franco-libanês Ziad Takieddine. Ele afirmou ter entregado 5 milhões de euros (cerca de R$ 11,5 milhões na época) em dinheiro nos anos de 2006 e 2007. No entanto, em 2020, Takieddine se retratou repentinamente, gerando suspeitas de que Sarkozy possa ter pressionado a testemunha a mudar sua versão.
Os juízes acreditam que há indícios suficientes para afirmar que Sarkozy participou das ações dos suspeitos, possivelmente dando seu consentimento.
O ex-presidente ocupou o cargo de 2007 a 2012 e já foi condenado por corrupção e tráfico de influência em um caso relacionado à tentativa de influenciar um juiz. Os advogados de Sarkozy, que costumam recorrer das condenações, afirmaram em nota à AFP que seu cliente “defenderá sua honra” também neste último caso.
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