Saques desenfreados” em Kursk: soldados russos aparentemente estão esvaziando casas e lojas particulares em sua própria área

“Eles estão arrombando vitrines”, diz um vídeo publicado que pretende mostrar soldados russos saqueando uma loja de celulares em Kursk. Aparentemente, casas particulares também estão sendo revistadas

Desde que a Ucrânia ganhou o controlo de parte da região de Kursk na sua recente ofensiva, os relatos de pilhagens na área têm aumentado. Vídeos e imagens publicados nas redes sociais mostram homens em uniformes camuflados esvaziando supermercados e lojas menores. No entanto, não se acredita que os ladrões sejam soldados ucranianos, que já tomaram dezenas de cidades desde o início da ofensiva de Kursk – mas sim russos.

Na segunda-feira, 19 de agosto, o conselheiro do Ministério do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, postou no X uma gravação de vídeo que mostra soldados russos saqueando Kursk.

“Um vídeo apareceu na Internet mostrando imagens de vigilância de soldados russos”, escreve Gerashchenko. Os soldados pertencem à unidade especial chechena “Akhmat” e roubam uma loja de telemóveis na povoação de Glushkovo, no extremo oeste da região de Kursk. “Eles arrombam vitrines, retiram equipamentos e tentam abrir a porta”, diz o post X.

Noutra publicação publicada, o investigador ucraniano Volodymyr Tretyak comentou o vídeo que surgiu dizendo: “Quando o exército russo invadiu a Ucrânia, os russos saquearam lojas. Quando o exército ucraniano invadiu a Rússia, os russos ainda saqueavam lojas.”

Os primeiros relatos de saques por soldados russos no seu próprio território surgiram logo após o início da ofensiva ucraniana em Kursk, em 6 de agosto. Tal como noticiou o semanário ucraniano “Kyiv Post” em 13 de agosto, pouco antes da sua retirada da região, militares russos saquearam as casas dos aldeões que já tinham sido evacuados.

O blogueiro militar e autor “ChrisO_wiki” publicou um vídeo que teria sido gravado da perspectiva de primeira pessoa por um soldado russo usando um telefone celular.

Nele, o final do filme vagueia por uma casa particular devastada com outros soldados e reclama em voz alta que “o Ministério da Defesa” os havia adiantado e já havia esvaziado a casa.

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