Saída de Edmundo foi necessária para preservar sua vida, diz María Corina
Candidato da oposição venezuelana recebeu asilo político da Espanha; María Corina cita ameaças e intimações do regime de Maduro
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado (foto), se manifestou neste domingo, 8 de setembro, sobre a saída de Edmundo González Urrutía da Venezuela. O candidato da oposição venezuelana, como mostramos, recebeu asilo político da Espanha.
Em publicação no X, María Corina afirmou que Edmundo corria risco de vida na Venezuela e citou “as crescentes ameaças, intimações, mandados de detenção e até as tentativas de chantagem e coação” a que o candidato foi sujeito e que “demonstram que o regime não tem escrúpulos nem limites na sua obsessão em silenciá-lo e tentar subjugá-lo”.
“Diante desta realidade brutal, é necessário que a nossa causa preserve a sua liberdade, a sua integridade e a sua vida.
Esta operação do regime e dos seus aliados é mais uma prova do seu caráter criminoso, que os deslegitima e afunda ainda mais a cada dia. Mas, mais uma vez, eles estavam errados. A sua tentativa de golpe de Estado contra a soberania popular não irá se concretizar.”
A líder da oposição voltou a afirmar que Edmundo González assumirá como novo presidente da Venezuela em 10 de janeiro, quando termina o atual mandato de Nicolás Maduro.
“Que isso fique bem claro para todos: Edmundo lutará de fora ao lado da nossa diáspora e eu continuarei fazendo isso aqui, ao lado de vocês.
Serenidade, coragem e firmeza!
Venezuelanos, esta luta é ATÉ O FIM e a vitória é nossa.”
A saída do candidato da oposição ocorreu depois de ele ter passado vários dias refugiado na Embaixada da Espanha em Caracas, onde solicitou asilo político diante das ameaças e perseguições do regime venezuelano.
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, afirmou que González Urrutia deixou o país com o aval do regime.
Segundo a aliada de Maduro, “após os contatos entre os dois governos e o cumprimento dos trâmites legais, a Venezuela concedeu os salvo-condutos necessários para garantir a tranquilidade e a paz política no país”.
Ela disse ainda que “essa ação reafirma o respeito à lei que tem prevalecido nas medidas adotadas pela República Bolivariana”.
O líder da oposição deixou a Venezuela na companhia da sua esposa, Mercedes.
Chavismo ordena prisão de Edmundo González
A Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, anunciou na última segunda-feira, 2 de setembro, que um tribunal expediu um mandado de prisão contra Edmundo González.
O diplomata foi intimado para prestar depoimento sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho. Segundo a oposição, González venceu o ditador Nicolás Maduro com cerca de 70% dos votos.
“Eles perderam toda a noção da realidade. Ao ameaçar o Presidente Eleito apenas conseguem nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González”, escreveu María Corina sobre o mandado de prisão.
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