Russo-americana condenada por “alta traição” por doar 47 euros
Na Rússia, Ksenia Karelina, com dupla nacionalidade russo-americana, foi condenada a doze anos numa colônia penal por “alta traição”
Na Rússia, Ksenia Karelina, com dupla nacionalidade russo-americana, foi condenada a doze anos numa colônia penal por “alta traição”. Ela foi acusada de ter feito doações a uma organização humanitária de apoio à Ucrânia.
“O tribunal considerou Ksenia Karelina culpada de traição e sentenciou-a a 12 anos numa colônia penal”, disse o tribunal da cidade de Yekaterinburg, nos Montes Urais, na quinta-feira, 15 de agosto.
De acordo com relatos da mídia estatal russa, a jovem de 32 anos admitiu na semana passada ter pago o equivalente a cerca de 47 euros à organização “Razom for Ukraine” logo após o início da ofensiva russa na Ucrânia.
O serviço secreto russo, o FSB, acusou-a de arrecadar dinheiro para “materiais médicos, equipamentos, armas e munições para as forças armadas ucranianas”.
A bailarina, que morava e trabalhava em Los Angeles, foi presa em Yekaterinburg no final de janeiro enquanto visitava a família.
Washington acusa Moscou de prender cidadãos norte-americanos sob acusações infundadas para usá-los como alavanca para a libertação de russos condenados no estrangeiro.
Que é Ksenia Karelina?
Ksenia Karelina é uma esteticista e bailarina amadora que deixou Los Angeles perto da virada do ano novo, em 2024, em um voo para Moscou via Istambul.
Karelina mudou-se para os EUA como parte de um programa para trabalhar e estudar inglês na região de Baltimore, pouco antes de se casar em 2013. Seu perfil na plataforma de mídia social russa VK dizia que ela se tornou cidadã dos EUA em 2021.
Karelina compartilhou nas redes sociais fotos de suas viagens pelo país adotivo: posando no Oceano Pacífico, dançando na ponte do Brooklyn e esquiando nas montanhas da Pensilvânia.
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