Rússia luta para conter avanço ucraniano em Kursk e expõe falhas militares
Com foco no Donbas, Putin deixa região vulnerável, prolongando crise
Após três semanas de combates, a Rússia continua a lutar para expulsar as forças ucranianas da região de Kursk, no primeiro caso de ocupação de seu território desde a Segunda Guerra Mundial. A resposta lenta do Kremlin reflete a falta de tropas disponíveis, já que a prioridade de Moscou permanece nas ofensivas no Donbas, leste da Ucrânia
O ditador Vladimir Putin não parece considerar a incursão ucraniana em Kursk uma ameaça grave o suficiente para deslocar tropas do Donbas, onde se concentra sua principal campanha militar. Segundo analistas, Putin acredita que a queda do Estado ucraniano tornará qualquer controle territorial irrelevante. Essa percepção tem levado a Rússia a adotar uma resposta limitada em Kursk, com relatos de que o país mobilizou forças mal coordenadas de diversas partes da Rússia, incluindo milícias e unidades irregulares.
O Kremlin também tem evitado chamar a atenção para a incursão, preferindo concentrar-se na situação dos mais de 130 mil residentes deslocados de suas casas. A mídia estatal russa, alinhada ao governo, retrata o ataque como prova da agressividade ucraniana, justificando a invasão russa em fevereiro de 2022.
A Ucrânia conseguiu controlar cerca de 1.300 quilômetros quadrados na região, utilizando táticas que incluem a destruição de pontes e interrupção da logística russa. A situação em Kursk continua incerta, com analistas alertando que a demora na resposta russa pode permitir à Ucrânia consolidar uma zona de controle no território russo, complicando ainda mais o conflito.
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