Rússia fará “todos os esforços” para evitar guerra nuclear, diz porta-voz de Putin
“Salientamos que, seguindo a nossa doutrina, a Rússia adota uma posição responsável, a fim de fazer todos os esforços para não permitir tal conflito”, declarou o porta-voz da presidência russa
O Kremlin disse quinta-feira, 21 de novembro, que a Rússia fará “esforços máximos” para evitar uma guerra nuclear após uma revisão da doutrina russa que amplia a possibilidade de uso de armas atômicas, em meio à tensão entre Moscou e o Ocidente em torno do conflito na Ucrânia.
“Salientamos que, seguindo a nossa doutrina, a Rússia adota uma posição responsável, a fim de fazer todos os esforços para não permitir tal conflito”, declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, esperando que “outros países” tenham “este responsável postura”.
O “vizinho maluco”
A força aérea da Ucrânia acusou Moscou de ter disparado na quinta-feira, 21 de novembro, pela primeira vez na história, um míssil intercontinental sobre o seu país.
“Todas as suas características: velocidade, altitude são as de um míssil balístico intercontinental. A perícia está em andamento”, disse ele em vídeo publicado no Telegram.
“O nosso vizinho maluco está usando a Ucrânia como campo de testes”, acrescentou, acreditando que este ataque sem precedentes mostra “o quão assustado (Vladimir Putin) está”.
França
O lançamento de um míssil intercontinental russo sobre a Ucrânia seria “um acontecimento extremamente sério” se for verdade, disse na quinta-feira, 21 de novembro, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
“É óbvio que se este disparo for confirmado, seria um acontecimento extremamente grave e seria, acima de tudo, uma continuação da atitude escalatória da Rússia”, indicou Christophe Lemoine, sublinhando que nesta fase a França ainda “não tinha tido confirmação” de tal lançamento.
Reino Unido
O ministro da Defesa britânico afirmou que os russos preparavam “há meses” o disparo de “um novo míssil balístico”, sem no entanto confirmar o lançamento de um míssil intercontinental por Moscou em direção ao território ucraniano.
Um ataque russo com mísseis intercontinentais à Ucrânia seria “irresponsável” e marcaria “uma escalada” por parte de Moscou, disse na quinta-feira, 21, o porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
“A informação vinda da Ucrânia é profundamente preocupante. Se for verdade, seria um novo exemplo de comportamento imoral e irresponsável, que marcaria uma escalada por parte da Rússia”, indicou o porta-voz em declarações aos jornalistas. .
O ministro da defesa também se recusou mais uma vez a confirmar que os mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow foram disparados pela Ucrânia em direção à Rússia. O Ministério da Defesa russo anunciou quinta-feira que abateu dois mísseis deste tipo disparados pela Ucrânia e que tinham como alvo o seu território, sem especificar o local ou a hora dessa interceptação.
“Não vou entrar em detalhes operacionais do conflito. Isto colocaria em risco a segurança das operações e, em última análise, o único que beneficiaria de tal debate público seria o Putin”, afirmou.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)