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Rússia é acusada de utilizar IA para manipular eleições na Europa

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 05.06.2024 15:26 comentários
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Rússia é acusada de utilizar IA para manipular eleições na Europa

Essas acusações não são novas. Os Estados Unidos e o Reino Unido já acusaram a Rússia de interferir em suas eleições

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Rússia é acusada de utilizar IA para manipular eleições na Europa
Foto: Dimitris Vetsikas/ via Pixabay

A União Europeia (UE) está acusando a Rússia de espalhar notícias falsas usando ferramentas baseadas em inteligência artificial, como deepfakes e doppelgangers, com o objetivo de influenciar os resultados das eleições para o Parlamento Europeu.

Essas acusações não são novas. Os Estados Unidos e o Reino Unido já acusaram a Rússia de interferir em suas eleições, e agora vários governos europeus também estão fazendo o mesmo. A campanha de desinformação russa tem sido uma preocupação crescente, especialmente quando se considera a história do país na disseminação de desinformação ao longo dos anos.

Segundo Morgan Wright, consultor-chefe de segurança da empresa de segurança cibernética SentinelOne, a Rússia é mestre em desinformação há mais de 100 anos. Embora as táticas permaneçam as mesmas, o uso da inteligência artificial e das redes sociais tem tornado essas campanhas cada vez mais sofisticadas, informou reportagem da RTP.

O uso de deepfakes e doppelgangers pela Rússia

Os deepfakes são vídeos ou imagens adulterados com recursos de inteligência artificial, enquanto os doppelgangers consistem em criar clones de sites de notícias para espalhar informações fraudulentas e falsas. Essas táticas têm se expandido para além das redes sociais e plataformas online, chegando aos parlamentos e discursos políticos.

Recentemente, as instalações do Parlamento Europeu foram alvo de buscas em uma investigação sobre suspeitas de interferência russa na Bélgica. De acordo com essa investigação, membros do Parlamento Europeu foram abordados e pagos para promover a propaganda russa através do site de notícias “Voz da Europa”.

Os temas mais visados por essa campanha de desinformação são as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, bem como a crise climática. Notícias falsas têm sido disseminadas, alegando que as energias renováveis não contribuem para a segurança da UE, que as turbinas eólicas causam poluição tóxica e até mesmo que o governo alemão desligou a iluminação pública para economizar eletricidade. Essas informações têm sido compartilhadas por políticos populistas, levando a uma propagação ainda maior das notícias falsas.

Essa campanha de desinformação, especialmente em relação à crise climática, é particularmente prejudicial para o partido Verde, que provavelmente perderá vários assentos no Parlamento Europeu nas eleições deste ano.

A Rússia é acusada de lançar essa campanha de desinformação com o objetivo de desacreditar os governos europeus e desestabilizar a UE. Segundo Morgan Wright, a Rússia procura controvérsias e conflitos para criar divisões entre as pessoas. A política climática é apenas um meio para esse fim.

O que diz o Kremlin

Enquanto isso, a Rússia nega qualquer envolvimento na disseminação de desinformação e acusa o Ocidente de estar envolvido em uma guerra de informações para prejudicar sua reputação.

A UE está adotando medidas para combater essa campanha de desinformação, incluindo o Regulamento dos Serviços Digitais, que visa conteúdos ilegais, publicidade enganosa e desinformação. Empresas como Meta Platforms, Google e TikTok também anunciaram medidas para combater a desinformação, o abuso da inteligência artificial e a influência nas eleições para o Parlamento Europeu.

Especialistas alertam que os esforços da UE nesse combate ainda estão desarticulados, o que deixa os partidos vulneráveis a campanhas de desinformação e contribui para o crescimento de partidos populistas e de extrema-direita.

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