Reunião Blinken-Abbas tenta definir futuro de Gaza
Os países árabes só concordam em participar da estabilização da Faixa de Gaza se houver definição de um quadro político com vista à criação de um Estado palestino.
Os países árabes só concordam em participar da estabilização da Faixa de Gaza, uma vez terminada a guerra israelense contra o Hamas, se houver definição de um quadro político com vista à criação de um Estado palestino.
Essa foi a mensagem que Antony Blinken, secretário de Estado americano, ouviu na sua passagem por Ramallah, Amã e al-Ula e que transmitiu aos líderes israelenses.
Longe dos procedimentos em Haia nesse momento, onde a África do sul, com apoio do Brasil, acusa Israel de genocídio, o secretário de Estado dos EUA e o presidente do Egipto, Abdel Fattah al-Sisi, reuniram-se no Cairo.
A Reuters relata que a visita ocorreu um dia depois de Sisi se encontrar com o rei Abdullah da Jordânia e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no porto de Aqaba, no Mar Vermelho. Blinken também se encontrou com Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia.
Blinken, que visitou nove países e a Cisjordânia numa semana, trouxe para Israel uma pré-acordo de que os seus vizinhos ajudariam a reabilitar Gaza após a guerra e continuariam a integração econômica com Israel, mas apenas se Israel se comprometesse a permitir a criação de um Estado palestino independente.
Antony Blinken reafirmou que “os Estados Unidos apoiam medidas tangíveis para a criação de um Estado palestino”.
Os EUA querem uma ‘Nova Autoridade Palestina’ para governar Gaza. Em troca, Abbas quer um Estado palestino.
Blinken apoia os passos do presidente palestino Mahmoud Abbas rumo ao estabelecimento de um Estado palestino, mas não será fácil para Washington persuadir Israel a fazer concessões e a questão poderá colocá-lo em rota de colisão com o governo de Netanyahu.
Quem está por trás dos ataques no Mar Vermelho?
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, acusou o Irã de estar por detrás de uma série de ataques no Mar Vermelho, onde os rebeldes Houthi reivindicaram vários ataques a navios, no que dizem ser solidariedade para com os palestinos em Gaza.
“Estes ataques foram apoiados e encorajados pelo Irã em termos de tecnologia, equipamento, inteligência e informação, e têm um impacto real nas populações”, disse Antony Blinken aos jornalistas no Bahrein, no âmbito da sua viagem diplomática regional.
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