O Partido Republicano perdeu a vaga que pertencia a George Santos (foto), filho de brasileiros que foi expulso da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

Nesta terça-feira, 13, os eleitores de Nova York elegeram o democrata Tom Suozzi para substituir o republicano no Congresso.

Aos 61 anos, Suozzi derrotou a republicana Mazi Pilip e cumprirá os 11 meses restantes do mandato de Santos.

Queda da vantagem republicana

Com a vitória de Suozzi, a vantagem do Partido Republicano na Câmara dos Representantes sobre o Partido Democrata ficou ainda mais apertada.

O partido de Donald Trump passa a ter 219 deputados no Congresso americano, enquanto a legenda do presidente Joe Biden soma 213.

Após vencer Mazi Pilip na terça, Suozzi afirmou que irá trabalhar para resolver os problemas do país, como a crise imigratória na fronteira dos EUA.

“O povo do Queens e de Long Island está farto de disputas políticas”, disse Suozzi.

“Eles querem que nos unamos e resolvamos problemas”, acrescentou.

A cassação de Goerge Santos

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos cassou o mandato do republicano George Santos em 1º de dezembro de 2023.

Filho de brasileiros, Santos foi eleito à Casa em novembro de 2022 e se tornou infame por ter mentido sobre partes importantes de seu currículo e sua biografia, assim como financiamento e gastos de campanha.

A expulsão de Santos da Câmara, oficialmente por violações de ética, se deu em votação no plenário por 311 votos a 114, o que significa que 105 parlamentares republicanos votaram a favor.

O filho de brasileiros é o primeiro membro do Congresso americano a ser expulso sem condenação criminal desde a Guerra Civil, no século 19.

“Que este lugar vá para o inferno“

Logo após ter seu mandato cassado, George Santos proferiu ofensas à Câmara dos Representantes dos EUA.

“Que este lugar vá para o inferno“, disse George Santos ao ser questionado se planejava visitar o plenário no futuro com os privilégios de ex-congressista.

Santos foi alvo de 13 acusações formais, que envolvem fraude em gastos de campanha, lavagem de dinheiro, fraude em auxílio-desemprego, desvio de dinheiro público, e falsificação de declaração de ganhos.