Reitores israelenses criticam “entendimento ingênuo e tendencioso do conflito”
Reitores de nove universidades renomadas de Israel – lá chamados de presidentes – manifestaram em carta aberta sua "profunda preocupação" com narrativas de instituições acadêmicas internacionais que...
Reitores de nove universidades renomadas de Israel – lá chamados de presidentes – manifestaram em carta aberta sua “profunda preocupação” com narrativas de instituições acadêmicas internacionais que, segundo eles, “distorcem” o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, ou até mesmo atacam israelenses e judeus.
“Encontramo-nos diante de uma guerra em duas frentes: uma contra as atrocidades do Hamas e outra na arena global da opinião pública. Lamentavelmente, notamos uma tendência alarmante de que Israel, apesar do seu direito à autodefesa, seja erroneamente caracterizado como um opressor. Esta é uma falsa equivalência entre as ações de uma organização terrorista assassina e o direito de um Estado soberano de defender os seus cidadãos, o que infelizmente resulta na perda de vidas palestinas inocentes. Qualquer tentativa de justificar ou equivocar as ações brutais e grotescas do Hamas é intelectual e moralmente indefensável”, afirmam os signatários da carta, divulgada na quarta-feira, 1º de novembro.
“É perturbador notar que muitos campi universitários se tornaram terreno fértil para sentimentos anti-Israel e anti-semitas, em grande parte alimentados por uma compreensão ingênua e tendenciosa do conflito”, prosseguem eles, repudiando a adoção do Hamas como causa e a demonização de Israel como inimigo. “As universidades, como centros de esclarecimento e de discurso racional, devem assumir a responsabilidade pelas opiniões que perpetuam. Não há equivalência moral aqui. Sejamos claros: o Hamas não partilha valores com nenhuma instituição acadêmica ocidental. O Hamas é uma organização que prometeu repetidamente aniquilar Israel e o seu povo”, constatam os presidentes.
Eles apelam para que seus colegas estrangeiros lembrem que “a liberdade de expressão é fundamental para a liberdade acadêmica, mas ela não deve ser manipulada para legitimar discurso de ódio ou justificar violência”.
À luz do massacre de 7 de outubro, os presidentes alertam para os perigos representados por organizações “niilistas” como ISIS e Hamas, que, segundo eles, “representam o extremo oposto da liberdade e da democracia”.
A carta busca encorajar “uma mudança significativa na clareza e na verdade no meio acadêmico sobre a questão da guerra de Israel contra o Hamas, para que a luz triunfe sobre as trevas, agora e sempre”.
Os nove signatários são:
– Prof. Arie Zaban, presidente da Universidade Bar-Ilan;
– Prof. Daniel A. Chamovitz, presidente da Universidade Ben-Gurion do Negev;
– Prof. Alon Chen, presidente do Instituto Weizmann de Ciência;
– Prof. Asher Cohen, presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém;
– Prof. Leo Corry, presidente da Universidade Aberta de Israel;
– Prof. Ehud Grossman, presidente da Ariel University;
– Prof. Ariel Porat, presidente da Universidade de Tel-Aviv;
– Prof. Ron Robin, presidente da Universidade de Haifa;
– Prof. Uri Sivan, presidente do Instituto de Tecnologia Technion-Israel.
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