Reino Unido não pretende seguir com ataques no Iêmen
Reino Unido recua e diz que não pretende continuar com os ataques no...
Após os Estados Unidos e o Reino Unido realizarem ataques contra alvos do grupo rebelde Houthis no Iêmen, o ministro britânico das Forças Armadas, James Heappey, declarou nesta sexta-feira (12) que a intervenção constituiu um “ato legítimo de autodefesa”. Conforme destacado pelo ministro, não estão sendo considerados, por ora, planos imediatos para futuros ataques.
Detalhes do ataque
O secretário de defesa do Reino Unido, George Heappey, divulgou em coletiva que a missão foi um ataque direcionado e que foi realizada de forma limitada e proporcional. Heappey esclareceu que, mesmo que isolado, estão atentos para que a ação não acarrete em uma inevitável escalada de tensões na região.
O contra-ataque foi feito via água e ar, através do uso de submarinos, navios e aeronaves. Esta ação conjunta entre EUA e Reino Unido representa o endurecimento da resposta da comunidade internacional diante das ações dos rebeldes.
Condenação internacional
Irã, Rússia e Omã condenaram o ataque conduzido pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, afirmou que a ofensiva atingiu várias cidades do Iêmen, demonstrando sua preocupação com possíveis danos civis.
O cenário atual no Mar Vermelho
Militantes do grupo rebelde houthis, apoiados pelo Irã, têm intensificado ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho desde o final de 2023. Os ataques são um protesto à guerra de Israel em Gaza. Além disso, eles já controlam uma grande parte do território do Iêmen.
Os ataques dos houthis têm causado grandes perturbações no comércio internacional na principal rota entre a Europa e a Ásia, que representa cerca de 15% do tráfego marítimo mundial. Como resultado, várias companhias de transporte marítimo suspenderam operações na região, optando por rotas mais longas ao redor do continente africano.
Reação da Rússia
Após os ataques, a Rússia solicitou uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a situação atual no Iêmen e as possíveis repercussões na estabilidade da região. Além disso, a Dinamarca demonstrou total apoio ao Reino Unido e aos Estados Unidos no ataque.
Enquanto o cenário no Mar Vermelho se torna cada vez mais incerto, a comunidade internacional aguarda por ações concretas que possam assegurar a paz e a estabilidade na região e garantir a segurança das rotas comerciais cruciais para a economia mundial.
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