Reino Unido: Keir Starmer rebate críticas de Elon Musk
"Aqueles que disseminam mentiras e desinformação não estão interessados nas vítimas; estão apenas preocupados consigo mesmos", declarou o primiero ministro do Reino Unido
Recentemente, Elon Musk expressou uma série de críticas contundentes sobre a forma como as autoridades britânicas lidaram com um caso de exploração sexual envolvendo jovens meninas na Inglaterra.
No dia 6 de janeiro, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, denunciou os “propagadores de mentiras e desinformação” em resposta às alegações do bilionário.
Em uma coletiva de imprensa, Starmer afirmou: “Aqueles que disseminam mentiras e desinformação não estão interessados nas vítimas; estão apenas preocupados consigo mesmos.”
Embora não tenha mencionado Musk diretamente, suas declarações foram claramente direcionadas ao empresário.
As críticas de Musk a Starmer
Nas últimas semanas, Elon Musk utilizou sua plataforma social X para criticar a gestão do governo em relação a um caso histórico de exploração sexual que afetou mais de 1.500 meninas e adolescentes no norte da Inglaterra ao longo de várias décadas.
O escândalo veio à tona há mais de dez anos e envolveu predominantemente homens de origem paquistanesa, com autoridades sendo acusadas de não levarem a sério a gravidade da situação.
Musk destacou em seus posts que crimes graves como o estupro exigem a aprovação do Serviço do Procurador (CPS) antes que a polícia possa formalizar acusações. Ele questionou: “Quem estava à frente do CPS quando gangues de estupradores puderam explorar jovens sem enfrentar a justiça? Keir Starmer”, referindo-se ao papel do atual primeiro-ministro na instituição.
Defendendo sua atuação enquanto liderou o CPS, Starmer afirmou ter reaberto investigações e ter sido responsável pelas primeiras acusações contra um esquema de exploração sexual envolvendo grupos asiáticos.
Musk e a política britânica
Musk fez também um apelo pela convocação de novas eleições gerais no Reino Unido e pediu pela libertação do ativista Tommy Robinson, que cumpre pena por violar uma ordem judicial relacionada a declarações difamatórias sobre um refugiado sírio.
Musk também atacou Jess Phillips, atual secretária de Estado para a Proteção das Vítimas, chamando-a de “apologista do genocídio sexual” após ela sugerir que não era necessário realizar uma investigação nacional sobre os diversos escândalos de exploração sexual no país, dado que já haviam ocorrido investigações específicas.
Phillips se tornou alvo de severas críticas nas redes sociais desde então. Starmer condenou as ameaças feitas a Phillips, afirmando: “Quando o veneno da extrema-direita resulta em ameaças graves contra Jess Phillips, isso indica que uma linha foi ultrapassada.”
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