Região russa na fronteira com a Ucrânia decreta emergência após ataques
Bombardeios ucranianos destroem casas e matam civis na região de Belgorod
A região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, entrou em estado de emergência nesta quarta-feira, 14, após intensos bombardeios das forças ucranianas que resultaram na morte de civis, destruição de casas e desabamento parcial de um prédio. O governador Vyacheslav Gladkov declarou que a situação é “extremamente difícil e tensa”, com o estado de emergência sendo necessário para lidar com os danos.
Belgorod, localizada a cerca de 40 km da fronteira com a Ucrânia, tem sido alvo frequente desde o início da guerra, mas os recentes ataques intensificaram a crise humanitária na região. A Rússia, em resposta, classificou os bombardeios como “terroristas” e o Conselho de Segurança está discutindo medidas para conter a situação.
Paralelamente, em Kursk, outra região russa na fronteira com a Ucrânia, a situação se agrava com o avanço das forças ucranianas em território russo. De acordo com o governo local, as tropas de Volodymyr Zelensky já controlam uma área de aproximadamente 19,3 mil quilômetros quadrados, o que obrigou a evacuação de quase 200 mil civis. A pressão sobre o presidente Vladimir Putin aumenta, enquanto sua reputação interna enfrenta sérios questionamentos.
Lisa Haseldine, colunista do The Spectator, afirmou que Putin estaria “desesperado” com a invasão ucraniana em solo russo. O Kremlin intensificou sua estratégia de desinformação, com o serviço de inteligência estrangeira da Rússia (SVR) acusando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de adotar “medidas insanas” que poderiam escalar o conflito para além das fronteiras ucranianas. O SVR também insinuou que os Estados Unidos estariam insatisfeitos com Zelensky, considerando substituí-lo por uma figura mais alinhada aos interesses ocidentais.
Alexander Dugin, ideólogo de Putin, em artigo publicado no Λrktos Journal, afirmou que “a guerra decide o que existe e o que não existe”, defendendo que a Rússia deve vencer seus conflitos para assegurar sua própria existência. Ele questiona até mesmo a legitimidade da Ucrânia como nação e vê a vitória em conflitos como essencial para a “existência verdadeira” da Rússia no cenário global.
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